Ex-embaixador na Índia e na Rússia e com larga experiência em negociações ao longo de sua carreira diplomática, Tovar da Silva Nunes, chefe da missão brasileira na ONU em Genebra (sede de órgãos como o Conselho de Segurança e a Organização Mundial da Saúde), afirma que o Brasil não deve condenar governos como Nicarágua, Venezuela, Irã e outras ditaduras, e sim denunciar crimes contra os direitos humanos nesses países.
— Queremos que esses países se sintam amparados e encorajados a atuar para resolver essas violações. Se fizermos o contrário, as chances de mudanças nesse estado de violações alegadas são muito baixas ou zero — disse o diplomata ao GLOBO.
Perguntado sobre como via a troca do governo Bolsonaro pelo de Lula, o embaixador, que assumiu a função em setembro de 2021, enfatizou que os diplomatas não são representantes de um governo, e sim de um Estado. Explicou que há uma plataforma de ênfases que são usadas de acordo com o governo eleito, hoje focadas na proteção de todos direitos humanos, incluindo povos indígenas, LGBT+ e aos direitos reprodutivos nas opções da mulher.
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