Porto Alegre, quinta, 26 de setembro de 2024
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Ativistas gaúchos debatem Operação Condor em Buenos Aires. O III Forum Mundial de Direitos Humanos 2023, é o maior encontro do mundo

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No centro cultural Kirchner.

O documentário apresentado terça-feira e hoje (22/03/2023) por Jair Krischke, presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH), no III Forum Mundial de Direitos Humanos 2023, em Buenos Aires (Argentina), indicam que a Operação Condor foi criada no Brasil no final da década de 60. Essa é a avaliação do vereador Pedro Ruas, líder na Câmara Municipal de Porto Alegre, que participa do evento como convidado. “O trabalho de Krischke é muito bem documentado e prova que ao chegar ao Chile esse método de sequestrar, torturar e desaparecer com as vítimas já era comum no Brasil e países vizinhos. Apenas em 1975 recebeu esse nome no Chile”, afirma Ruas.
A reapresentação do documentário do MJDH “Operação Condor, um crime de Estado” nesta quarta-feira, visou um público maior no Centro Cultural Kirchner, devido a repercussão do tema. Ainda nesta quarta-feira, após às 18h, será prestada homenagem à vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, assinada há cinco anos, no Parque da Memória, um espaço público dedicado aos argentinos mortos ou desaparecidos com a ditadura militar.

O que é o Forum

O III Forum Mundial de Direitos Humanos 2023, em Buenos Aires, é o maior encontro de ativistas dos direitos humanos do mundo, um espaço de reflexão e fortalecimento das lutas por mais igualdade e justiça, com a participação de organizações e referências de todo o mundo, entre eles o Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais que oferece diversas atividades, apresentações e oficinas. A abertura, na segunda-feira, 20, foi feita pelo presidente argentino Alberto Fernández, com a presença de muitas autoridades e personalidades, entre essas a representante das Madres de Plaza de Mayo Línea Fundadora, Taty Almeida; do Prêmio Nobel da Paz e presidente honorário de Forum, Adolfo Pérez Esquivel e ainda da diretora do CIPDH-UNESCO, Fernanda Gil Lozano.

O foco principal nesta terceira edição é continuar aprofundando o diálogo, atualizando o diagnóstico da situação sobre os principais avanços, recuos e desafios em matéria de promoção e proteção dos direitos humanos no mundo; intercambiar experiencias exitosas, propostas inovadoras e promover o intercâmbio de conhecimentos e a cooperação horizontal entre os participantes a nível nacional, regional e internacional. Oferecerá, ainda, um espaço privilegiado para o impulso dos Objetivos do Desenvolvimento sustentável.
A primeira edição do Forum em 2013, no Brasil contou com a participação de 74 países e mais de 700 instituições. Em 2014, o Fórum foi realizado no Marrocos com 95 países e 750 organizações. Mais de 100 países e cerca de 1 mil instituições da sociedade civil estão representados na Argentina. O Forum iniciou dia 20 e encerra nesta sexta-feira, dia 25.