A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, na próxima semana, terá uma agenda muito mais ambiciosa da que ele teve em sua viagem aos EUA, em fevereiro, e incluirá, segundo O GLOBO apurou, atividades que poderiam gerar mal-estar no governo de Joe Biden — entre elas uma visita à gigante tecnológica Huawei, considerada, desde 2021, um risco de segurança pelas autoridades americanas por suspeita de usar seus equipamentos para espionagem. A viagem ao gigante asiático, apenas um mês e meio após Lula visitar os EUA, bem no início do governo, é uma medida da importância que ele dá a ambos — os maiores parceiros comerciais do Brasil— e, no governo brasileiro, a preocupação é manter o equilíbrio na disputa entre as duas superpotências por hegemonia.
A visita à Huawei surgiu por um convite da empresa chinesa, segundo confirmaram fontes ligadas a ela — presente há mais de 20 anos no Brasil — que foi aceito pelo governo brasileiro. Nas últimas semanas, Brasília e Pequim trabalharam intensamente para elaborar uma lista que poderia chegar a 30 acordos bilaterais. Não está claro quais serão anunciados na viagem, e quais continuarão sendo negociados nas semanas seguintes.
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