Porto Alegre, quinta, 28 de novembro de 2024
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Combate ao caruru exige manejo integrado, por Nereida Vergara/Correio do Povo

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Planta daninha que, no Rio Grande do Sul, teve sua resistência ao glifosato constatada em 2018, se expandiu nas lavouras de soja da Metade Sul, mas pode ser melhor controlada se produtor adotar a Integração Lavoura-Pecuária | Foto: Alina Souza / CP

 

 

As plantas daninhas são fonte permanente de preocupação para os agricultores pelos danos que causam aos mais diferentes cultivos, mas também por um problema que se tornou recorrente com a ampliação das áreas plantadas no Brasil: a resistência desenvolvida à aplicação sucessiva de herbicidas. A soja, por exemplo, convive nos últimos anos com a presença da buva (conyza), espécie daninha que se expandiu por todas as lavouras do Brasil e que hoje é possível controlar com ações agronômicas adequadas.

Mas se a buva deixou de ser uma dor de cabeça tão grande, não se pode dizer o mesmo do caruru. A planta, de nome científico amarantus hybridus e cuja resistência ao glifosato foi detectada no Rio Grande do Sul em 2018, se expandiu nos mais de meio milhão de hectares de soja semeados especialmente na Metade Sul do Estado, o que suscitou pesquisa da Embrapa Pecuária Sul, de Bagé, em parceria com o Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul) e a empresa privada Três Tentos, para tentar conter seus efeitos. Segundo a pesquisadora da unidade, Fabiane Lamego, a praga pode reduzir em até 6,4% a produtividade por hectare da soja, uma vez que é uma planta competidora com a oleaginosa por água, luz e nutrientes, sendo muito difícil de ser eliminada quando atinge altura superior a 10 centímetros.

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