Porto Alegre, sexta, 29 de novembro de 2024
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Solo sadio é pilar para a segurança alimentar, por Eduardo Monteiro/Correio do Povo

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Bioativação de microorganismos, desenvolvida para recuperar o potencial das terras agricultáveis, é uma das soluções propostas pela indústria de fertilizantes do Brasil e pressupõe mudança de consciência na produção agrícola | Foto: Kadijah Suleiman / Embrapa / Divulgação / CP

 

 

O solo fornece serviços ambientais que promovem a vida, como produção de alimentos, fibras, combustíveis, recursos genéticos e farmacêuticos; purificação e degradação de contaminantes e sequestro de carbono. Esse recurso tão essencial para a segurança alimentar mundial pode se exaurir em 60 anos, prazo da Organização das Nações Unidas (ONU) para o esgotamento de terra cultivável. Com a necessidade de intensificação agrícola sustentável, conseguimos vislumbrar o quão fundamental é a difusão dos conhecimentos acerca da saúde dos solos para o aumento de produtividade e rentabilidade no campo.

O avanço da agricultura por meio da excessiva utilização das terras gera impactos nas suas características físicas, químicas e biológicas. Práticas agrícolas que promovam alterações no pH, preparo e compactação, cultivo homogêneo de plantas e aplicação de defensivos, embora algumas contribuam para o aumento da produção e da eficiência na lavoura, também geram pressão na qualidade do meio, podendo resultar em diminuição da saúde do solo.

Com o ambiente inadequado para a produção agrícola, a missão de promover a segurança alimentar mundial fica distante. O solo saudável para o cultivo tem microrganismos, como bactérias, fungos e outras criaturas que atuam na promoção da saúde das plantas, aumentam a disponibilidade dos nutrientes, fornecem suporte no combate a doenças e pragas, e auxiliam na estruturação do solo reduzindo riscos com erosão e escoamento superficial das águas.

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