Porto Alegre, domingo, 19 de maio de 2024
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Presidente da FIERGS lidera missões da CNI ao Cazaquistão e à Alemanha. Gilberto Porcello Petry participa de agenda de negócios com industriais no país asiático e na Feira de Hannover

Detalhes Notícia

 

 

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) e vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Gilberto Porcello Petry, lidera a partir da próxima semana duas missões empresariais prospectivas ao exterior representando a CNI. A primeira será ao Cazaquistão, país da Ásia Central cuja agenda (que começa em 11 de abril) prevê, entre outros eventos, o 2º Encontro do Comitê Bilateral Brasil-Cazaquistão, em 13 de abril. Na sequência da viagem, a partir do dia 17, Petry se junta a uma comitiva nacional na Alemanha na Feira de Hannover, o mais importante evento internacional de tecnologia para a indústria.

O objetivo do 2º Encontro do Comitê Bilateral Brasil-Cazaquistão é explorar possíveis áreas de cooperação, tendo em conta o potencial existente, com base em propostas de associações empresariais e empresas, além de alinhar a realização da terceira reunião no Brasil, no próximo ano. O evento contará com a presença, entre outras autoridades e lideranças industriais, do embaixador do Brasil naquele país, Rubem Antonio Correa Barbosa; e de Berik Bekenov, presidente do Conselho da Kazakhstan Industry and Export Centre – QazIndustry, que é o Centro de Exportação e Indústria Cazaque.
A missão prospectiva e exploratória liderada pelo presidente da FIERGS contempla também oportunidades para a indústria do Rio Grande do Sul na relação comercial com o Cazaquistão, país de 21 milhões de habitantes e com um PIB de US$ 197 bilhões (dados de 2021). Os principais setores a serem negociados são fertilizantes, biocombustíveis, cutelaria, máquinas e equipamentos, entre outros. “No Cazaquistão, há muitas áreas de interesse para o Rio Grande do Sul, o comércio entre o Estado e aquele País ainda é pequeno e só tende a crescer, com ganhos para a indústria gaúcha”, afirma Petry.
Em Astana, capital cazaque, Gilberto Porcello Petry será recebido, em 11 de abril, pelo embaixador Bolat Nussupov. No dia seguinte, o encontro ocorre com o vice-ministro de comércio e integração do Cazaquistão, Kairat Torebayev; e com o diretor geral do “QazTrade”, entidade de pesquisa e estudo do governo sobre questões comerciais nacionais que participa da implementação da política comercial e econômica no país, Nuraly Bukeikhanov. Também estará presente o diretor da Swissgrow, entidade ligada ao agronegócio, Rustem Aliyev. Ainda está marcada, em 12 de abril, uma reunião com o presidente do Conselho de Administração da empresa estatal Kazakh Invest, Meirzhan Yussupov. A Kazakh Invest atua na promoção do desenvolvimento socioeconômico sustentável do país por meio da atração de investimento estrangeiro em setores prioritários da economia.
Em 13 de abril, antes do 2º Encontro do Comitê Bilateral, a agenda prevê uma reunião com o vice-ministro das Relações Exteriores do Cazaquistão, Almas Aidarov. Já em 14 de abril, os integrantes da delegação farão visitas a empresas.
Os principais produtos exportados pelo Cazaquistão são petróleo e gás, sendo este grupo de combustíveis minerais o responsável por 60% da pauta internacional. No ano passado, o Brasil exportou US$ 27,3 milhões para o Cazaquistão, tendo como principais produtos pulverizadores agrícolas, pneumáticos de borracha e medicamentos. Ao mesmo tempo, importou US$ 163 milhões, concentrando-se em enxofre, P-xileno e urânio. Dessa forma, a corrente de comércio no último ano totalizou US$ 190,3 milhões entre os dois países, com um saldo negativo de US$ 135,8 milhões para o Brasil.
Já em relação ao Rio Grande do Sul, as vendas externas no mesmo período significaram U$ 3 milhões, com destaque para pulverizadores para agricultura e serras de corrente. As importações gaúchas, por sua vez, tiveram apenas um produto: naftas para petroquímica, com um total de US$ 967 mil. Assim, a corrente com o estado foi de US$ 4 milhões e o saldo positivo para o RS de US$ 2,1 milhões.

FEIRA DE HANNOVER – Na Feira Industrial de Hannover, entre 17 e 21 de abril, Gilberto Porcello Petry também lidera a missão prospectiva e representa o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. Na programação, haverá rodadas de negócios entre empresários brasileiros e internacionais, circuito guiado pela feira e visitas técnicas em indústrias destaque da região. “Hannover é a principal feira global da indústria, na qual grandes empresas mundiais apresentam soluções e tendências para o setor produtivo em alta tecnologia e inovação. Para se manter atualizado, o empresário brasileiro precisa conhecer o que a feira apresenta”, destaca Petry.
Os principais temas desta edição são soluções para conectividade, energia, baixo carbono e Indústria 4.0. “Será a oportunidade de mostrar ao mundo a indústria brasileira ainda mais competitiva globalmente, baseada na transição para uma economia de baixo carbono e eficiente na utilização de recursos”, diz o presidente da FIERGS. A participação brasileira em Hannover reforçará a transição energética, descarbonização e bioeconomia.
Em 16 de abril, na abertura da missão prospectiva, o presidente Petry receberá o embaixador do Brasil na Alemanha, Roberto Jaguaribe Gomes de Mattos, no hotel da comitiva. No dia seguinte, começam as atividades com um circuito guiado pela feira. Ao longo da programação, estão previstas visitas técnicas às fábricas da Airbus, Mercedes-Benz e ao Instituto Fraunhofer.
A delegação do Brasil contará com 170 inscritos, sendo 63 gaúchos, e representantes de 105 empresas. A missão prospectiva a Hannover é coordenada nacionalmente pela CNI, e no Rio Grande do Sul articulada pela FIERGS, por meio do Centro Internacional de Negócios, com apoio do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Rio Grande do Sul (Sebrae-RS). Duas empresas gaúchas, Prosolar e Morlub, participarão de programação paralela apresentando showcases: Prosolar Soluções (Descabornização da Indústria) e Morlub (O Papel da Bioeconomia para a Descarbonização).