Porto Alegre, sábado, 28 de setembro de 2024
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Bolsonaro diz em depoimento que falou com chefe da Receita e ajudante de ordens sobre joias retidas/O Globo

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Ex-presidente afirmou que "nunca decidia ou era consultado, ou mesmo opinou, quanto à classificação, entre o acervo público ou privado de interesse público". As joias apreendidas pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos e o ex-presidente Jair Bolsonaro Miguel Schincariol/AFP e Chandan Khanna/AFP

 

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou, em depoimento à Polícia Federal, que conversou pessoalmente com o ex-chefe da Receita Federal Júlio César Vieira Gomes sobre as joias avaliadas em R$ 16,5 milhões, presente do governo da Arábia Saudita, retidas na alfândega no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, em outubro de 2021. A informação é da TV Globo, que teve acesso à íntegra do depoimento.

O tenente-coronel Mauro Cid, que era ajudante de ordens e braço-direito de Bolsonaro, também disse, em depoimento à PF, foi o ex-presidente quem pediu a ele, em meados de dezembro de 2022, que checasse se era possível regularizar as joias apreendidas. Segundo o blog da colunista Andréia Sadi, Mauro Cid disse que não houve ordem de recuperação do presente por parte do ex-presidente, mas sim uma solicitação.

“O declarante [Bolsonaro] solicitou ao ajudante de ordens, coronel Cid, que obtivesse informações a cerca de tais fatos; que o ajudante de ordens oficiou a Receita Federal para obter informações; que neste interim o declarante estabeleceu contato com o então chefe da Receita Federal, Júlio, cujo sobrenome não se recorda, e salvo engano, determinou que estabelecesse contato direto com o ajudante de ordem; que as conversas foram pessoalmente, pelo o que se recorda”, diz a transcrição do depoimento do ex-presidente.

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