Porto Alegre, sexta, 27 de setembro de 2024
img

"Agroinfluencers": jovens mostram o orgulho de ser do campo nas redes sociais, por Nereida Vergara/Correio do Povo

Detalhes Notícia
Bom humor e autoestima elevada são ingredientes dos influenciadores da zona rural do RS e do Brasil | Foto: Pedro Pastore / Arquivo Pessoal / CP

Um estudo preliminar conduzido em 2021 pela professora Marlene Grade, do curso de Zootecnia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), se propôs a quantificar o número de influenciadores digitais que se multiplicaram no Brasil para compartilhar conteúdos do meio rural. Os agroinfluencers caíram no gosto das redes sociais, em especial do Instagram e do TikTok, desde 2018, e cumprem, individualmente, uma tarefa que governos e entidades vêm fomentando, com sucesso relativo, de melhorar a imagem do produtor, de seus meios de produção e da atividade agropastoril.

A partir de uma amostragem de 140 perfis nas redes sociais, a professora Mariane, e seu orientando de graduação Eduardo Marcus Bodnar, identificaram que a maior parte dos agroinfluencers era de mulheres (69,14%), com média de seguidores entre 5 mil e 170 mil. A amostra considerou 21 estados, com concentração de casos nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.

O trabalho da UFSC também apontou a variabilidade de níveis socioeconômicos e culturais dos influenciadores, de agrônomos e produtores até professores, comunicadores e universitários. Os pesquisadores destacaram que pelo menos 61,15% dos perfis enaltecem e defendem a agricultura tradicional como um modelo a ser seguidos e que 69% faturam de alguma forma com o marketing de influência, não apenas com produtos ligados à agropecuária (como máquinas e insumos), mas também nos convites para apresentação em feiras do setor e eventos, além de roupas, acessórios e alimentos.

Leia mais no Correio do Povo