Porto Alegre, sábado, 28 de setembro de 2024
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Segundo longa-metragem de Cristiane Oliveira estreia em 04 de maio nos cinemas

Detalhes Notícia
A Primeira Morte de Joana traz uma protagonista adolescente que vive uma fase de descobertas e enfrentamentos. Filme conta com distribuição da Lança Filmes e produção da Okna Produções. Foto: Bruna Paulin

O segundo longa-metragem de Cristiane Oliveira, A Primeira Morte de Joana, estreia nos cinemas em 04 de maio. Com produção da Okna Produções e distribuição da Lança Filmes, a produção passou por 40 festivais e recebeu 11 prêmios, três deles no Festival de Gramado: Melhor Filme pelo Júri da Crítica, Melhor Fotografia (Bruno Polidoro) e Montagem (Tula Anagnostopoulos).

Temas como o universo feminino e a autodescoberta permeiam a história de Joana (Letícia Kacperski), uma adolescente cuja vida começa a se transformar a partir da morte de sua tia-avó, de quem ela era muito próxima. Isso acaba refletindo também na relação com sua melhor amiga, Carolina (Isabela Bressane). Joana também começa a questionar uma história que corre na família: sua tia nunca namorou alguém. Em sua investigação, Joana parece querer descobrir o segredo da tia para entender o que ocorre com ela mesma.

Segundo Cristiane, a morte no filme está  relacionada à transformação e como, às vezes, precisamos morrer numa forma de ser para renascer nas nossas lutas e conseguir existir. “Um poema do Mário Quintana, que inspirou o título do filme, diz que ‘amar é mudar a alma de casa’. Então há também esse aspecto simbólico da palavra morte, que remete ao momento em que se perde o controle sobre o próprio corpo, quando ele passa a ser ocupado pela lembrança constante de alguém por quem nos apaixonamos”, conta a diretora, que assina o roteiro em colaboração com Silvia Lourenço.

“Nosso corpo pode ser uma janela para nos conectarmos uns aos outros ou uma chave para nos isolar do mundo. Quando você não se encaixa nos estereótipos sobre como se tornar uma mulher, precisa ter a coragem de criar as próprias referências. Em especial no Rio Grande do Sul, estado em que eu nasci e cresci, onde a supremacia do homem branco hétero está enraizada na cultura local. A Primeira Morte de Joana lida com essas questões por meio da jornada sensorial de uma jovem de 13 anos, que aprende sobre o amor e sobre si mesma enquanto observa como as mulheres da família vivenciam suas intimidades. É essencial que os jovens recebam informação qualificada sobre gênero e sexualidade como expressões da nossa identidade. O filme surgiu num momento em que os movimentos contrários ao ensino desses temas nas escolas ganham força. Por quê? Assim como Joana mergulha na sua imaginação para encontrar as próprias respostas, a realização desse filme me proporcionou ampliar as possibilidades de diálogos sobre esses temas”, declara Cristiane.

Rodado em novembro de 2018 nos municípios de Osório e Santo Antônio da Patrulha, no interior do RS, o filme também conta com Joana Vieira, Lisa Gertum Becker, Rosa Campos Velho, Pedro Nambuco, Roberto Oliveira, Graciela Caputti e Emílio Speck no elenco.

O projeto apresenta uma equipe multinacional desde a construção do roteiro, que contou com consultoria do diretor português João Nicolau e dos argentinos Miguel Machalski e Gualberto Ferrari. Cao Guimarães, cineasta e artista visual, participou da fase final como consultor de montagem. A equipe de som conta com o uruguaio Raúl Locatelli, e a direção de arte teve a colaboração da mexicana Nohemi González – ambos trabalharam no filme “Luz Silenciosa”, do mexicano Carlos Reygadas.

A Primeira Morte de Joana é uma produção de Aletéia Selonk, em uma parceria estabelecida entre diretora e produtora, que já realizaram outras obras em conjunto, como o longa Mulher do Pai (exibido no Festival de Berlim, 2017) e tem projetos em desenvolvimento para os próximos filmes. Conta com investimentos do BNDES, através do edital BNDES Cinema para produção de longas que priorizam o reconhecimento artístico e técnico no mercado internacional; e do FAMA – Fundo Avon de Mulheres no Audiovisual, prêmio que busca incentivar e valorizar a produção audiovisual feita por mulheres. Foi contemplado no edital de desenvolvimento PRODAV 05/2013, PRODECINE 04/2013 e Edital de Comercialização em Cinema, editais do Fundo Setorial do Audiovisual, geridos pela Agência Nacional do Cinema – ANCINE. O projeto tem ainda o selo do Berlinale Co-production Market, evento com foco em mercado que ocorreu no Festival de Berlin 2018.

Para mais informações, acesse: https://www.instagram.com/aprimeiramortedejoana/

 Sinopse: Fim do verão de 2007, sul do Brasil. Joana, 13 anos, quer descobrir por que sua tia-avó faleceu aos 70 sem nunca ter namorado alguém. Apoiada pela amiga Carolina, Joana inicia uma investigação sobre o passado de Rosa. Ao encarar os valores da comunidade em que vive no Sul do Brasil, ela percebe que todas as mulheres da sua família guardam segredos, o que traz à tona algo escondido nela mesma. Joana mergulha em sua imaginação para achar respostas enquanto uma enorme usina eólica é construída na pacata cidade em que vive.

Ficha Técnica

Roteiro e direção: Cristiane Oliveira

Elenco: Letícia Kacperski, Isabela Bressane, Joana Vieira, Lisa Gertum Becker, Rosa Campos Velho, Pedro Nambuco, Roberto Oliveira, Graciela Caputti e Emílio Speck.

Produção: Aletéia Selonk, Cristiane Oliveira

Produção Associada França: Epicentre Films / Corentin Dong-Jin Sénéchal, Daniel Chabannes

Produção Associada Brasil:  Gustavo Galvão

Produção executiva: Graziella Ferst, Gina O’Donnell

Direção de produção: Gina O’Donnell

Corroteiro: Silvia Lourenço

Direção de fotografia: Bruno Polidoro

Direção de arte: Adriana Nascimento Borba

Figurino: Isadora Fantin, Mariane Collovini

Maquiagem e cabelo: Nancy Marignac

Preparação de elenco: Vanise Carneiro

Produção de elenco: Nadya Mendes

Montagem: Tula Anagnostopoulos

Som direto: Raúl Locatelli, Hudson Vasconcelos

Supervisão de som: Miriam Biderman, ABC

Desenho de som: Ricardo Reis, ABC

Mixagem de som: Pedro Noizyman

Música original: Arthur de Faria

Gênero: drama

País: Brasil

Ano: 2021

Duração: 91 min.

Distribuição: Lança Filmes

Lista de Festivais

– 49º Festival de Cinema de Gramado: prêmios de Melhor Filme pelo Júri da Crítica, Melhor Fotografia e Montagem; 2021

– 29º Cinequest Film Festival: prêmio Global Vision Award (EUA);2021

– 16º Tucuman Cine: prêmio DAC de Melhor Diretora, competição Latinoamericana (Argentina);2021

– Calella Film Festival (Espanha): Melhor Filme, seção Low Budget Films; 2021

-Bienal Internacional do Cinema Sonoro: Melhor Música Original, Mixagem e Efeitos Sonoros (júri oficial e júri jovem); 2021

– Festival de Cine LGBTI de Asturias, Espanha: Menção Especial; 2022

– Um dos 5 indicados ao Prêmio Sebastiane Latino 2021 (Espanha)

– Indicado ao CIFEJ Prize.

Outros Festivais: 51º International Film Festival of India ; 36º Cinema Jove (Espanha); 22º Stockholm IFF Junior;  23º OUTshine LGBTQ+ Film Festival (Miami/EUA); 36º Lovers Film Festival – Torino LGBTQI Visions na Itália; 29º Cinelatino Tübingen (Alemanha); Buster Film Festival;  33º Galway Film Fleadh; 15º Xposed Queer Film Festival Berlin; 38º Chicago International Children’s Film Festival; 33º NewFest – New York LGBTQ+ Film Festival; 36º Vermont International Film Festival; 25º QFest: The Houston International LGBTQ Film Festival; 28º Reel Affirmation – Washington, DC’s International LGBTQ Film Festival; 6º Panoramica Latin American Film Festival / Stockholm; FIRE – Barcelona LGBT Film Festival; 34 Queerstreifeft Film Festival / Konstanz; Exground Film Festival; 28º Sguardi Altrove International Women’s Film Festival; 35º MIX Copenhagen PinkPanorama Film Fest in Luzern; 8º Everybody’s Perfect – Geneva International Queer Film Festival; 27º Athens International Film Festival; 4º PORTO FEMME – Festival Internacional de Cinema; 15º Filem’On – International Film Festival for Young Audiences; 20º Pink Screens – Brussels Queer Film Festival; 16º CINEMAISSI Latin American Film Festival; 22º Mezipatra Queer Film Festival; 39º Festival Cinematográfico Internacional del Uruguay; 15º Cine BH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte; Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade; 19ª edição do Zinegoak – Festival Internacional de Cine y Artes Escénicas GayLesbiTrans de Bilbao; 17º ZINENTIENDO – Muestra Internacional de Cine LGTBQI de Zaragoza; VII Festival de Cine LGTBI del Centro Niemeyer;  25ª edição do Roze Filmdagen – Amsterdam LGBTQ+ Film Festival; 41º Festival Internacional de Cinema de Minneapolis St. Paul (MSPIFF); 31ª edição do Freiburger Lesbenfilmtage; 25ª edição do Flying Broom Women’s Film Festival; AMOR Festival Internacional de Cine LGBT+; Festival Internacional de Cine de Fusagasugá (FICFUSA); Festival de Cinema da Diversidade de SC (TRANSFORMAFEST) .