O imbróglio legal quanto à privatização da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) continua se estendendo, passados mais de quatro meses do leilão realizado pelo controle da empresa. O mais recente desdobramento do caso foi o parecer do Ministério Público de Contas (MPC) do Estado do Rio Grande do Sul desta terça-feira (2), que aconselha que seja mantida a liminar concedida pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) que impossibilita a assinatura do acordo de alienação da estatal.
A empresa Aegea foi a única a apresentar proposta pela companhia de saneamento em certame ocorrido em dezembro do ano passado, com lance de R$ 4,15 bilhões, o que representou ágio de 1,15%, em relação ao lance inicial estipulado. Sobre o parecer concedido pelo MPC, o diretor de divulgação do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto do Estado do Rio Grande do Sul (Sindiágua/RS), Rogério Ferraz, afirma que o documento tira um peso de cima dos trabalhadores. Ele frisa que o sindicato está levantando possíveis falhas no processo de desestatização e o parecer assinado pelo procurador-geral Geraldo Costa da Camino corrobora as contestações da entidade, como o valor de venda da empresa e a cobertura de esgoto afirmada pela Corsan e a que efetivamente a companhia apresenta.
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