Após a suspensão do nível máximo de alerta global para a COVID-19, o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, avalia que as decisões tomadas por seu antigo chefe, Jair Bolsonaro (PL), acerca da pandemia foram racionais e políticas. Em entrevista ao Estado de Minas, o médico criticou a forma como o ex-presidente conduziu a questão sanitária no país.
“As pessoas acham que ele é louco, mas foi decisão política, com começo, meio e fim. Foi decisão deliberada e consciente, porque informei por escrito e avisei qual era a projeção de mortes nesse cenário de confusão informacional e de falta de coordenação de Brasília, caso fosse adotada a tese da imunidade de rebanho, dentro da máxima do (então ministro da Economia) Paulo Guedes de que entre economia e saúde, ficaria com a economia”, disse Mandetta.
Mandetta foi demitido do cargo de ministro após pouco mais de dois anos à frente da pasta, em abril de 2020, após se recusar a seguir a linha negacionista de Bolsonaro sobre a pandemia. Na visão do médico, 350 mil mortes, cerca de metade do total, poderiam ter sido evitadas no Brasil caso o então presidente não tivesse politizado o tema e difundido o caos informacional.
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