Por várias razões, entre as quais a vitória apertada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a campanha eleitoral de 2026, que normalmente começaria após as eleições de 2024, está sendo antecipada, às vezes pelo próprio estilo palanqueiro do presidente da República. A disputa pelas bandeiras da democracia, da ética e do moderno está instalada no cenário político. Em torno delas se decidirá o destino do país. Lula da Silva, com suas diatribes, ajuda um precoce realinhamento de forças políticas que o apoiaram no segundo turno e já se descolaram ou começam a se afastar do seu governo.
Além disso, também existe vida inteligente no campo da oposição ligada ao presidente Jair Bolsonaro, que já se movimenta para aprofundar essas fissuras na base política e social do governo. Na sexta-feira, isso ficou claro durante a gravação de conversa como o ex-ministro e senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, na Confraria do Brito (um grupo de jornalistas que se reúne semanalmente, criado pelo falecido Orlando Brito, craque do fotojornalismo político), para o Canal MyNews (YouTube).
A conversa será exibida hoje, às 19h30. Marinho, que disputara o comando da Casa com o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi assertivo, elegante, hábil e, digamos, “politicamente correto”: defendeu as bandeiras da democracia, da ética e do moderno. Seu posicionamento é completamente diferente da linha adotada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que lidera uma radicalizada oposição bolsonarista na Câmara.