Porto Alegre, segunda, 30 de setembro de 2024
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‘Eu não estaria dormindo bem no lugar do Moro. Aonde vamos parar?, afirma ex-ministro Marco Aurélio, por Rayssa Motta/O Estado de São Paulo

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Ex-presidente do TSE vê ‘justiçamento’ e ‘julgamento combinado’ na decisão que mandou cassar o deputado Deltan Dallagnol e afirma que, se estivesse na Corte Eleitoral, seria o voto divergente. Ministro do Supremo Marco Aurélio Mello sobre cassação de Deltan pelo TSE: 'Aonde vamos parar? Algo realmente impensável'. Foto: Dida Sampaio/Estadão

 

 

O ministro Marco Aurélio Mello, aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), disse ao Estadão nesta quinta-feira, 18, que a cassação do mandato do deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR), ex-chefe da Lava Jato em Curitiba, é mais um capítulo do desmonte da operação e estabelece um precedente preocupante na Justiça Eleitoral.

“Enterraram a Lava Jato, agora querem fazer a mesma coisa com os protagonistas. Isso, a meu ver, não é justiça, é justiçamento”, avalia o ministro, conhecido pela franqueza. “Eles esquecem algo que Machado de Assis ressaltou: o chicote muda de mão.”

Questionado pela reportagem sobre o risco para o futuro político do senador Sérgio Moro (União-PR), ex-juiz da Lava Jato, que também responde a processos eleitorais, Marcelo Aurélio não descarta uma cassação.

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