Porto Alegre, quinta, 28 de novembro de 2024
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Bolsonaro fala das suspeitas sobre Cid e da possibilidade de ser preso. Em entrevista exclusiva, ex-presidente diz que se considera vítima de perseguição, critica Lula e chama os vândalos do 8 de Janeiro de 'marginais', por Marcela Mattos/Veja

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SEM SOSSEGO - Bolsonaro e Michelle: alvos de investigações que envolvem joias, dinheiro e conspiração (Sergio Dutti/.)

 

 

No Supremo Tribunal Federal prevalece a convicção da maioria dos ministros de que em algum momento entre o fim das eleições e a posse do novo governo houve uma movimentação de certos setores para criar condições para um golpe de estado. Prevalece também a desconfiança de que Jair Bolsonaro estaria por trás dessa trama. Até agora, porém, não há provas concretas de que o ex-presidente ou algum de seus ministros militares estivessem de fato envolvidos num plano para solapar o poder. O mesmo não se pode dizer em relação ao entorno do ex-capitão. No inquérito que apura os chamados atos antidemocráticos, a Polícia Federal encontrou mensagens de áudio trocadas entre um coronel que serviu como assessor na Casa Civil da Presidência da República e um ex-major que foi expulso do Exército por indisciplina há mais de quinze anos. O teor das conversas não deixa dúvidas de que havia gente dentro do Planalto no mínimo flertando com a hipótese de uma quartelada.

A mesma investigação fisgou um peixe grande metido na suposta conspirata: o tenente-coronel Mauro Cesar Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Durante quatro anos, ele foi uma espécie de faz-tudo do presidente — o assessor que, como nenhum outro, testemunhou os momentos cruciais do governo e também compartilhou (mais do que devia) da intimidade da família Bolsonaro no Palácio da Alvorada.

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