Porto Alegre, segunda, 30 de setembro de 2024
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Impedida, cooperativa ligada ao MST recebe dinheiro do governo, por Hugo Marques/Veja

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Terra Livre, que tem coordenador do movimento na diretoria, está registrada no cadastro de empresas envolvidas em irregularidades. Manifestante do MST hasteia bandeira do movimento da janela do prédio do Ministério do Desenvolvimento Agrário em Brasília - (Ueslei Marcelino/Reuters/VEJA)

 

 

Nos últimos dois meses, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) publicou 17 aditivos de convênios para liberação de recursos para associações e cooperativas, algumas delas ligadas ao MST. Oficialmente, o dinheiro é para compra de veículos e capacitação de agricultores familiares. Os valores variam de 100 mil a 800 mil reais. Uma das organizações beneficiadas é a Cooperativa
dos Trabalhadores da Reforma Agrária Terra Livre, que recebeu 200 mil reais.

Um dos diretores da entidade é Adelar José Pretto, integrante do MST no Rio Grande do Sul, irmão do presidente da Conab, João Edegar Pretto. O problema é que a Terra Livre tem uma pendência registrada no Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas, por irregularidades em um convênio assinado com a prefeitura de Nova Friburgo (RJ). O fim da sanção
contra a cooperativa está previsto para 11 de outubro de 2024, mas, apesar disso, o governo liberou os recursos que se destinam à compra de carros, conforme o Portal da Transparência.

Segundo o MDA, a abrangência da penalidade da Terra Livre “é apenas perante o ente federado que aplicou a sanção, no caso a Prefeitura Municipal de Nova Friburgo”. O ministério informou ainda que o termo foi assinado dia 29 de dezembro de 2022, na gestão passada, pela então Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo, vinculada ao Ministério da Agricultura.

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