Duas professoras da rede municipal de ensino embarcaram nesta quarta-feira, 24, para o Canadá, como bolsistas do Programa de Desenvolvimento Profissional de Professores da Educação Básica. Cláudia Silveira Martins, professora de psicologia da Emeb Emílio Meyer, e Kátia Bomfiglio Espíndola, professora da Sala de Integração e Recursos (SIR/AEE) da Emef Martim Aranha, foram selecionadas como parte de um grupo de 102 professores de escolas públicas de todo o Brasil, que terão essa oportunidade de qualificação.
O programa é resultado de um acordo de cooperação entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes) e o Colleges and Institutes of Canada (Cican), representante dos colégios e institutos públicos canadenses.
Durante o curso, que terá duração de oito semanas, as professoras serão divididas em dois grupos e frequentarão diferentes colleges. Cláudia e Kátia estarão vinculadas ao Niagara College, localizado na cidade de Welland, na província de Ontário.
Com uma carga horária de 218 horas, a formação contemplará o ensino de inglês como segunda língua, o sistema educacional canadense, abordagens centradas nos estudantes, sala de aula inclusiva, gestão na sala de aula e tecnologia educacional. Além de aprofundarem seus conhecimentos nessas áreas, as professoras terão a oportunidade de aprimorar os projetos que apresentaram durante o processo seletivo.
“É uma honra podermos contar com duas professoras tão qualificadas, que por seu mérito, conquistaram as bolsas de estudos no Canadá. Após os dois meses de imersão, poderão compartilhar as experiências adquiridas com as nossas escolas, para que possamos oferecer um ensino cada vez mais qualificado, atualizado e inclusivo”, comentou a secretária municipal de Educação, Sônia Rosa.
O projeto, elaborado pela professora Cláudia Martins, intitulado Aprendizagem socioemocional na perspectiva da promoção de saúde mental, é voltado para turmas de jovens e adultos. Seu objetivo é incluir o conhecimento e o autoconhecimento sobre as emoções, sentimentos e pensamentos como uma questão escolar e curricular, promovendo o desenvolvimento afetivo e abordando temáticas relevantes para a saúde mental individual e coletiva.
“Nós queremos buscar novos conhecimentos, mas também queremos compartilhar as boas experiências que vivenciamos nas nossas escolas de Porto Alegre”, afirmou a professora Cláudia Martins.
Já a professora Kátia desenvolveu um projeto de intervenção pedagógica voltado para a qualificação de um curso de formação docente continuada com foco na inclusão escolar. Intitulado O Desenho Universal para a Aprendizagem e o Modelo Social da Deficiência: políticas e poéticas para transformar o planejamento na escola inclusiva, esse curso busca colaborar com o desenvolvimento de práticas pedagógicas que acolham a diversidade humana, sendo elaborado como um produto educacional para o curso de Mestrado Profissional em Educação Inclusiva em Rede.
“A expectativa é muito alta. Os estudos que faremos no Canadá irão nos ajudar a aprimorar ainda mais a educação especial no nosso território”, ponderou a professora Kátia Espíndola.
Todos os custos da viagem serão financiados pelo governo federal.