Porto Alegre, terça, 01 de outubro de 2024
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Após denúncia, Bretas dispara contra VEJA e réu que o acusou, por Ricardo Ferraz/Veja

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Juiz afastado de suas funções pelo CNJ indaga: "Vale tudo contra a Lava-Jato?" Bretas: nova denúncia o levou a interromper mensagens religiosas e de fisiculturismo (Gabriel de Paiva/Ag. O Globo/.)

 

 

O juiz federal Marcelo Bretas, afastado de suas funções pelo Conselho Nacional de Justiça, reagiu à reportagem exclusiva de VEJA que trouxe à tona uma denúnica contra o magistrado feita por Rogério Onofre, um dos réus condenados por ele no braço fluminense da Operação Lava-Jato. O ex-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do Rio de Janeiro (Detro-RJ) aponta Bretas como o chefe de um “esquema” na 7ª Vara Criminal da Justiça Federal fluminense, em que sentenças seriam negociadas. A acusação baseia-se em conversas que Onofre manteve com o advogado Nythalmar Dias Ferreira Filho, em 11 encontros no presídio de Bangu 8, durante os 14 meses em que esteve detido preventivamente por determinação do juiz.

Em sua conta no Instagram, onde costuma postar vídeos e fotos exibindo seus músculos e mensagens de cunho religioso, Bretas diz que a reportagem é “sensacionalista” para, em seguida, atacar Onofre e o advogado Nythalmar, que anexou gravações em que negocia com o Ministério Público e com o magistrado detalhes e procedimentos da investigação em uma delação
premiada firmada com a Procuradoria-Geral da República. O episódio, também revelado por VEJA, em junho de 2021, ficou conhecido como VazaJato 2. “Será que contra a Lava-Jato vale tudo? Toda hora alguém tem de inventar alguma coisa para atingir a nossa reputação pra desqualidficar o trabalho? Quanto vale uma declaração de um réu condenado para prejudicar um juiz que o condenou, seja a declaração em uma escritura pública, ou num papel higiênico? Vale o mesmo que a declaração de um advogado criminoso, mentiroso numa delação premiada fajuta, se é que existe. A verdade vai aparecer e a mentira não dura muito”, declarou o juiz

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