A comandante do Comando Sul das Forças Armadas dos Estados Unidos (Southcom), general Laura Richardson, disse, em entrevista exclusiva à BBC News Brasil, que militares brasileiros não procuraram suporte para um suposto golpe militar durante a corrida eleitoral que acabou na derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2022.
“Absolutamente, não. Eles não pediram nenhum tipo de suporte. Nós não discutimos nada político”, disse a militar na quinta-feira (25/5).
O Southcom é o comando militar norte-americano responsável por atuar na América do Sul, Central e no Caribe.
O suposto envolvimento de militares brasileiros em planos para resistir aos resultados das eleições de 2022 e impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem sendo investigado pela Polícia Federal com base em mensagens de texto trocadas por oficiais próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Entre eles está o coronel Élcio Franco, que atuou como secretário-executivo do Ministério da Saúde e como assessor especial do Ministério da Casa Civil, subordinado ao general Walter Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro à reeleição. O caso tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
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