Porto Alegre, quarta, 02 de outubro de 2024
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Retenção do Fundoleite prejudica atividade leiteira, por Claudio Medaglia/Jornal do Comércio

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Fetag e Sindilat estimam que cerca de R$ 30 milhões estejam parados, enquanto setor enfrenta forte crise MARCO QUINTANA/JC

 

 

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo da Assembleia Legislativa irá convidar a Secretaria da Agricultura, Casa Civil e Procuradoria Geral do Estado (PGE) para dar explicações a indústrias e produtores de leite. Há pelo menos três anos o setor lácteo não recebe recursos do Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Fundoleite), o que compromete o custeio de ações, projetos e programas de desenvolvimento da cadeia.

A proposta partiu do deputado estadual Elton Weber (PSB), que destaca a importância do segmento para a geração de trabalho e renda nas propriedades rurais, nos municípios e no Rio Grande do Sul. Informações setoriais indicam que a falta de recursos afeta o avanço de projetos e até a realização da pesquisa mensal do Preço de Referência do Leite, divulgada pelo Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite/RS), realizada pela última vez em janeiro deste ano. Desde então, sem dinheiro para pagar pelo serviço prestado pela Universidade de Passo Fundo (UPF), o levantamento deixou de ser feito.

“Queremos explicações do governo do Estado de porque há tanta dificuldade, segundo as entidades, para a liberação de recursos do fundo para as ações da cadeia produtiva”, frisou o parlamentar. Weber acrescenta ao cenário o agravante que a cadeia leiteira gaúcha registrou o abandono de mais de 50 mil produtores entre 2015 e 2023, segundo dados da Emater-RS e do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS). Atualmente, teriam restado 35 mil agricultores em atividade no Estado.

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