Porto Alegre, quarta, 02 de outubro de 2024
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Dino vai à casa de Lira para conter crise após operação da Polícia Federal atingir seu ex-assessor, por Vera Rosa/O Estado de São Paulo

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Presidente da Câmara tem cópia de mensagens que assessoria da corporação divulgou, com dados de investigação sigilosa. Lira tem certeza de que Palácio do Planalto está por trás de operação da PF que atingiu seu ex-assessor. Foto: Pablo Valadares/Agência Câmara

 

 

O ministro da Justiça, Flávio Dino, esteve na residência oficial do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), após a operação da Polícia Federal que atingiu Luciano Cavalcante, o ex-assessor do deputado que atualmente trabalha na liderança de seu partido, o PP. Lira queria saber de Dino detalhes sobre a diligência e por que motivo o processo de busca e apreensão em endereços de seus aliados foi deflagrado agora, justamente no momento em que ele e o governo vivem uma crise de relacionamento.

O presidente da Câmara tem em mãos cópias de mensagens que a assessoria da Polícia Federal divulgou sobre a operação sigilosa e desconfia que o Palácio do Planalto prepara um cerco político contra ele. Agora, cobra uma apuração do que chama de “vazamento” ilegal de informações.

No encontro desta quinta-feira, 1.º, Dino disse a Lira que o inquérito da PF – aberto para investigar desvio de recursos destinados à compra de kits escolares de robótica, em Alagoas –, começou antes mesmo do início do governo Lula. É justamente essa investigação que atinge o ex-assessor do deputado e outros aliados. O ministro da Justiça afirmou, ainda, não ter controle sobre as datas de operação da PF.

Num dos locais de busca e apreensão, em Maceió, a PF encontrou R$ 4,4 milhões em dinheiro vivo. “Eu não tenho nada a ver com isso nem me sinto atingido”, reagiu Lira. “Cada um é responsável por seu CPF.”

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