Porto Alegre, quarta, 02 de outubro de 2024
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'Brasil contra Fake' de Lula tem erros, inconsistências e falta de transparência, por Renata Galf/Folha de Sã Paulo

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Site da Secom de combate à desinformação faz afirmações incorretas e não apresenta fontes em parte dos textos. O ministro Paulo Pimenta, da Secom, e o presidente Lula durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto - Evaristo Sá - 6.abr.2023/AFP

 

 

Na página inicial do site Brasil contra Fake, iniciativa lançada pelo governo Lula (PT) em março para o combate à desinformação, aparece a mensagem: “Aqui você encontra respostas para as principais fake news envolvendo o governo federal”.

No entanto, em meio a desmentidos alertando a população contra golpes online ou sobre o fim de benefícios sociais, o site traz também textos com dados incorretos, sem transparência sobre as fontes ou mesmo inconsistentes em sua argumentação.

O Brasil contra Fake faz parte de uma ofensiva mais ampla do atual governo com a justificativa de combater desinformação, que incluiu uma proposta controversa de “Procuradoria da Democracia”, a atuação do Ministério da Justiça junto às plataformas e sugestões ao PL das Fake News na Câmara. No momento, está aberta uma consulta pública sobre a política de educação midiática

No site que está sob o guarda-chuva da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), comandada pelo ministro Paulo Pimenta, uma das publicações diz: “Governo não impôs sigilo a visitas ao Palácio da Alvorada”.

O próprio GSI (Gabinete de Segurança Institucional) do governo Lula, porém, barrou acesso à lista de visitantes do Alvorada sob a justificativa de que os dados possuíam “classificação sigilosa no grau reservado”. Depois, citando entendimento da CGU (Controladoria-Geral da União) de fevereiro, disse que restringiria acesso apenas às visitas de caráter pessoal.

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