Porto Alegre, quarta, 02 de outubro de 2024
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As supremas narrativas de Lula. Lula crê que corrupção e abusos de poder podem ser esquecidos se houver ‘narrativa melhor’, por Felipe Moura Brasil/O Estado de São Paulo

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Presidente afirmou que o conceito de democracia é relativo e defendeu a presidência de Nicólas Maduro Foto: Andre Borges/EFE Foto: Andre Borges/EFE

 

 

“Se eu quiser vencer uma batalha, eu preciso construir uma narrativa para destruir o meu potencial inimigo.” A frase dita por Lula ao lado de Nicolás Maduro, durante visita do ditador venezuelano ao Brasil, é uma confissão do método usado e recomendado pelo presidente.

Ela passou quase despercebida, porque as reações nacionais e internacionais focaram na aplicação dele ao caso do sucessor de Hugo Chávez:

“Companheiro Maduro, você sabe a narrativa que se construiu contra a Venezuela, de antidemocracia e do autoritarismo. Acho que cabe à Venezuela mostrar a sua narrativa, para fazer as pessoas mudarem de opinião… É preciso que você construa a sua narrativa. E eu acho que, por tudo que nós conversamos, a sua narrativa vai ser infinitamente melhor do que a narrativa que eles têm contado contra você… Nossos adversários vão ter que pedir desculpa pelo estrago que eles fizeram na Venezuela.”

Lula, porém, já havia aplicado o mesmo método ao caso de José Dirceu. O presidente declarou, em fevereiro, que o mensaleiro petista também condenado pelo petrolão “não tem que andar escondido, tem que colocar a cara para fora e brigar”.

“Você tem que brigar para construir uma outra narrativa na sociedade brasileira.”

 

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