No final de 2021, segurando o pesado e histórico microfone da Rádio Guaíba – Rede Record RS, participei de uma das maiores coberturas da minha carreira jornalística: o julgamento dos réus envolvidos na tragédia da Boate Kiss, em Santa Maria, que vitimou 242 pessoas e feriu outras 636 , que durou 10 dias e que acabou com o Juiz Orlando Faccioni Neto condenando os envolvidos. Uma cobertura complexa, emocionante e com muitos depoimentos.
Preparei algumas dicas para você fazer um bom trabalho, durante uma cobertura desta magnitude. A primeira delas é importante exercitar a tranquilidade, para passar informações precisas. 2, a frieza para não levar a sua emoção para o ar e acabar realizando um juízo de valores. 3, atenção aos detalhes em um julgamento com tantos depoimentos é fundamental para não levar ao público informações erradas. E a última, o relacionamento com os colegas, independente de qual seja o veículo, pois a troca de informações ajuda a levar a melhor informação sobre o maior júri da história da Justiça gaúcha.
Ao longo dos 10 dias de julgamento, foi difícil lidar com a emoção nos depoimentos dos sobreviventes, alguns com mais de 40% do corpo queimado. Foi uma oportunidade ímpar para mostrar meu talento. A partir da cobertura, meu trabalho foi parar em outro pesado microfone, em Minas Gerais, na Rádio Itatiaia, e no documentário do Marcelo Canellas que está disponível no GloboPlay.
Nas fotos abaixo alguns momentos desta grande cobertura. Na foto 1, o trecho do documentário onde apareço conversando ao vivo com os familiares das vítimas sobre o desfecho do julgamento. Na foto 2, o técnico de externas da Rádio Guaíba, o grande Ivan Barreto. Na foto 3, entrevistando uma das sobreviventes da tragédia. Na foto 4, os desafios do repórter para colocar a fonte no ar. Na última foto, esperando as fontes saírem na busca de conteúdo exclusivo.
*Giovani Gafforelli
Especialista em gestão de crise e relacionamento com a imprensa
