Em dezembro do ano passado, ninguém sabia ao certo o que presidente Jair Bolsonaro planejava para o futuro.
Derrotado nas urnas, não concedeu mais entrevistas, desapareceu das redes sociais e se isolou no Palácio da Alvorada. Pessoas próximas diziam que ele estava deprimido e inconformado. Só existia uma explicação plausível para a vitória que era tida como certa e não veio: fraude. Uma parte do entorno do presidente ajudava a alimentar essa suspeita.
Descobre-se agora que esse mesmo entorno foi muito além e também arquitetou um plano que previa anular as eleições, afastar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que supostamente teriam interferido no resultado e colocar o país sob intervenção militar até que um novo pleito fosse realizado. Em outras palavras, engendrou-se um golpe para manter Bolsonaro no poder. O roteiro da trama foi encontrado no telefone celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente da República.
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