Na análise que fez dos dados do celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, a Polícia Federal encontrou uma série de mensagens em grupos de WhatsApp que defendiam abertamente um golpe no país após a eleição do ano passado, em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva derrotou Jair Bolsonaro. Ao GLOBO, um dos integrantes do grupo batizado como “Dosssss!”, o tenente-coronel Gian Dermário da Silva, que comandava o 7º Batalhão de Infantaria de Selva do Exército Brasileiro, afirmou que as conversas eram discussões de “possibilidades”, “só conjecturas”.
No grupo, o coronel Gian defende “uma ação por parte do PR e FA, que espero que ocorra nos próximos dias”. PR é uma referência ao presidente e FA, Forças Armadas. Naquele momento, milhares de apoiadores de Bolsonaro se concentravam em frente a quartéis pelo país pedindo a anulação das eleições e uma intervenção militar.
O militar afirma ainda que as tropas deveriam agir independentemente da adesão ou não de seus comandantes. “Confio muito em nós, mas somente em nós”, disse o coronel, acrescentando. “Já pensem na proteção das nossas famílias”, acrescentou.
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