Investigado pela Polícia Federal, o grupo de WhatsApp “Doss”, do qual participava o tenente-coronel Mauro César Cid, ex-chefe da ajudância de ordens de Jair Bolsonaro (PL), era composto por comandantes de unidades do Exército, instrutores de escolas militares e até por um oficial da reserva que foi assessor parlamentar do então deputado federal major Vítor Hugo (PL). O Estadão conseguiu identificar sete deles.
Em comum, o fato de todos os militares serem Forças Especiais (F.E.), integrantes do Exército especializados em operações especiais, um grupo com forte presença no governo de Bolsonaro – os ex-ministros Eduardo Pazuello e Luiz Eduardo Ramos eram F.E., por exemplo. Entre os identificados pelo Estadão está o coronel de cavalaria Rodrigo Lopes Bragança Silva, atualmente lotado na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas.
Ele acompanhava de perto o jornalista Paulo Figueiredo, que acusava, após as eleições de 2022, os generais do Alto Comando de serem melancias – verde por fora e vermelhos por dentro. O militar comenta no grupo Doss, em 29 de novembro de 2022, que estava circulando uma carta aberta para que oficiais assinassem contestando a atuação do Poder Judiciário no pleito vencido por Luiz Inácio Lula da Silva.
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