Porto Alegre, quarta, 27 de novembro de 2024
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Em seis meses de governo, propostas e ameaças de Flávio Dino não saíram do papel, por Tácio Lorran e Levy Teles/O Estado de São Paulo

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‘Pacote da Democracia’ deveria ser enviado ao Congresso em fevereiro. Nenhuma das quatro propostas avançou ou foi publicada. Inicialmente, ministro Flávio Dino disse que ações eram ‘pontuais’; agora, pasta diz que temas são ‘complexos’ © Valter Campanato/Agência Brasil

 

 

No primeiro mês como ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA) anunciou quatro medidas para combater ataques contra o Estado Democrático de Direito. O conjunto de propostas ficou conhecido como pacote antigolpe, ou pacote da democracia, e seria enviado em fevereiro. Na ocasião, o ministro concedeu dezenas de entrevistas para anunciar suas ações, fez postagens e ameaças nas suas redes sociais que somam 2,2 milhões de seguidores no Twitter e Instagram. Mas, passados cinco meses, nada saiu do papel – as propostas nem sequer foram enviadas aos parlamentares.

Até agora, a pasta do ministro mais popular do governo Lula apresentou apenas um projeto de lei ao Congresso com o objetivo de combater o ouro ilegal. O texto chegou à Câmara no último dia 13 de junho. O ministro não anunciou nenhuma medida nova voltada para a área de segurança pública. Em discursos amplamente repercutidos nas redes sociais, porém, cobrou explicações de plano de saúde por reajustes, ameaçou postos de combustíveis que não baixassem os preços, big techs e o Congresso.

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