A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai argumentar que ele não teve direito à ampla defesa nem ao contraditório no julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que terá início hoje e pode torná-lo inelegível até 2030. O advogado Tarcísio Vieira, que foi ministro da Corte, deve alegar que fatos novos, como a minuta golpista encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, foram incluídos no processo sem que o ex-presidente tivesse tempo hábil para se defender. A inspiração é o julgamento que absolveu da cassação a chapa Dilma-Temer, em 2017.
No entorno do ex-presidente, o clima é de pessimismo. Ontem, à CNN Brasil, ele afirmou que é quase “unanimidade” que ele será condenado.
Movida pelo PDT, a ação trata de uma reunião na qual Bolsonaro convocou embaixadores para atacar sem provas o sistema eleitoral brasileiro, em julho de 2022. Nos últimos dias, Vieira foi ao TSE entregar em mãos aos ministros do TSE os memoriais da defesa — ontem, foi recebido pelo presidente da Corte, Alexandre de Moraes. O advogado do PDT, Walber Agra, também fez o mesmo com as peças da acusação.
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