O Juiz Guilherme Machado da Silva, da Vara do Júri da Comarca de Novo Hamburgo, renovou nesta sexta-feira (23/6), por mais quatro meses, a medida cautelar de suspensão parcial do exercício da medicina do médico investigado por possíveis crimes em procedimentos cirúrgicos.
O médico seguirá impossibilitado de realizar cirurgias ou qualquer tipo de intervenção médica invasiva. Também está proibido o acesso dele a blocos e centros cirúrgicos ou a qualquer local onde realizados procedimentos dessa espécie. Seguem mantidas as demais medidas cautelares já aplicadas: proibição de manter contato com as possíveis vítimas sobreviventes e testemunhas ouvidas no procedimento policial, proibição de se ausentar da Comarca por mais de cinco dias.
“O grande número de pacientes do investigado (e de familiares de pacientes falecidos após cirurgias por ele realizadas) que relataram possíveis erros médicos graves a ponto de configurarem crimes revela situação extraordinária a indicar a imprescindibilidade da medida requerida para se evitar que novos fatos semelhantes venham a acontecer”, destaca o magistrado.
Conforme a decisão, apesar de a investigação ter iniciado com número limitado de possíveis vítimas, dezenas de pessoas procuraram a autoridade policial após a repercussão do caso, relatando fatos semelhantes. Isso, segundo o juiz, torna complexa a investigação e dificulta a conclusão do inquérito policial.
O processo está em segredo de justiça.