Porto Alegre, sexta, 04 de outubro de 2024
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Operação minuciosa para exportar gado, por Thaise Teixeira/Correio do Povo

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A preparação de bovinos de corte para embarcarem vivos a países como Egito e outros do Oriente Médio precisa obedecer critérios estabelecidos pelo Mapa, que incluem desde isolamento até oferta de alimentação especial. As estruturas dos Estabelecimentos de Pré-Embarque devem contar com espaço adequado para que os animais se alimentem, tenham condições de higiene e sombreamento, atendendo a Instrução Normativa Nº 46 do Ministério da Agricultura e Pecuária | Foto: Ricardo Pedra / Divulgação / CP.

 

 

É no quilômetro 20,5 da BR 293, em Capão do Leão, a aproximadamente 20 quilômetros de Pelotas, na zona Sul do Rio Grande do Sul, que a Sentinela Livestock European Breeds prepara mais uma remessa de gado em pé para o exterior. A carga encomendada pelo Egito é de terneiros, que serão terminados e abatidos do outro lado do oceano. A maior parte dela já foi descarregada na sede da Agropecuária Astúrias, parceira da exportadora na preparação dos animais, mas à medida que as compras são realizadas, os currais vão sendo gradativamente preenchidos.

À primeira vista, o entra e sai de caminhões na sede da Astúrias remete ao tradicional processo de engorda de gado em confinamento. Mas, na verdade, se trata de um Estabelecimento Pré-Embarque (EPE), local habilitado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para isolar e preparar as cargas vivas, conforme determina a Instrução Normativa 46/2018. Os caminhões, fretados pela própria Sentinela, chegam de todos os cantos do Rio Grande do Sul. “O corretor seleciona e pesa os animais, paga o criador e os embarca nos caminhões. Tudo é feito no mesmo dia. Pagamos os lotes à vista e as cargas são liberadas. A partir desse momento, elas passam a estar sob nossa responsabilidade” relata o veterinário e Responsável Técnico (RT) da EPE, Eduardo Lund.

Carregados com raças europeias, britânicas e suas cruzas, como Charlolês, Angus, Hereford, Brangus e Braford, os caminhões chegam lotados de machos – todos inteiros –, conforme as condições estabelecidas no Certificado Zoossanitário Internacional (CZI), documento celebrado entre as autoridades brasileiras e o país importador.

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