Nascida em Unaí, pequena cidade de Minas Gerais, a carreira militar caiu de paraquedas na vida de Ana Luíza Santana e acabou se tornando um sonho de vida. Com apenas 24 anos, a jovem coleciona uma série de conquistas, entre elas fazer parte da primeira turma feminina da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) — em 210 anos de existência da instituição — e estar cotada para o posto de general 4 estrelas, um dos cargos mais importantes do Exército que pode deixá-la mais próxima do posto de primeira comandante mulher.
Filha de agricultores, Ana Luíza conta que abandonou a faculdade de engenharia florestal na Universidade de Brasília, em 2016, por não se identificar com o curso. No mesmo ano, um major, amigo de seu avô, contou sobre o processo seletivo para a primeira turma de mulheres da Aman, que teria início em 2018. Apaixonada por desafios, ela decidiu se inscrever e foi aprovada aos 18 anos na instituição, que é uma escola de ensino superior do Exército Brasileiro para formar oficiais.
— Quando o amigo do meu avô disse que eu tinha jeito para a atividade militar por estar sempre praticando atividade física, eu pensei que talvez pudesse ser uma opção de carreira — relembra. — Acredito que esse era pra ser mesmo o meu futuro porque fiquei em 96º lugar na classificação final. Só consegui ser aprovada, entre as 40 vagas femininas, porque muitas meninas desistiram — conta a jovem, que se formou na Aman em 2021.
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