Relatórios sigilosos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) apontam os supostos “articuladores dos atos intervencionistas” que contestaram, sem provas, o resultado das eleições e culminaram na invasão às sedes dos três Poderes no dia 8 de janeiro. Os documentos, obtidos pelo GLOBO, indicam que por trás da escalada golpista está um grupo formado por produtores rurais e um núcleo de pessoas identificadas como “incitadoras” da depredação de prédios públicos no início deste ano.
Em um relatório intitulado “participação de lideranças do agronegócio em atos antidemocráticos e em ações de contestação do resultado eleitoral”, a Abin detalha a atuação do Movimento Brasil Verde e Amarelo (MBVA), que reúne produtores rurais, na suposta articulação de atos antidemocráticos.
Segundo o documento 0005/2023 produzido pela agência de inteligência em 10 de janeiro, integrantes do MBVA “lideraram” bloqueios de caminhoneiros em novembro de 2022, em Goiás, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Roraima, com o objetivo de “contestar”, sem provas, a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições daquele ano. O grupo, segundo a Abin, tem à disposição “recursos econômicos para financiar transporte de manifestantes e ações extremistas, como as ocorridas no 8 de janeiro”.
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