Porto Alegre, sábado, 05 de outubro de 2024
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Artigo: Impostos e rocambole na mesa do eleitor, por Giuliana Morrone/O Estado de São Paulo

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Questões paroquiais têm predominado no Congresso, mesmo em momentos decisivos para o País, como na aprovação da reforma tributária. O ex-presidente Jair Bolsonaro, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em Brasília, durante reunião do PL sobre reforma tributária Foto: Natanael Alves/PL - 6/7/23

 

 

A semana passada foi coisa de cinema.

Abertura da cena:

Primeiríssimo plano do painel da Câmara dos Deputados.

Narrador: O texto da reforma tributária está aprovado em dois turnos e pronto para a votação no Senado.

Corta.

Legenda: Dia 6 de julho

Áudio: som de alguém digitando em computador.

Primeiro plano: Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Republicanos, se movimenta em Brasília, pela aprovação da reforma tributária.

Fusão.

Plano geral: Comissão de Educação do Senado.

Narrador descreve: A Comissão de Educação acaba de aprovar projeto que confere ao município de Lagoa Dourada, MG, o título de Capital Nacional do Rocambole. Projeto de lei do deputado federal Aécio Neves, do PSDB de Minas.

Corta.

Esse roteiro ruim não é peça de ficção e foi executado num dos dias mais dramáticos e que antecederam à votação na Câmara dos Deputados da reforma tributária.

Enquanto as negociações sobre o texto geravam dúvidas e ansiedade entre os interlocutores, numa comissão do Senado, Lagoa Dourada ganhava o título de capital do rocambole. Nada contra Lagoa Dourada. Tudo a favor de rocambole recheado de doce de leite. Uma delícia, como todos os quitutes das Minas Gerais, mas não era hora do lanche.

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