Porto Alegre, domingo, 06 de outubro de 2024
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Incentivo para eletrodoméstico é mais um episódio do ‘vale a pena ver de novo’ de programas ruins, por Adriana Fernandes/O Estado de São Paulo

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Iniciativas do tipo são de curto prazo e ultrapassadas; foco do governo deveria ser plano robusto de reindustrialização. Governo fez programa para baratear carros, e agora pensa em algo parecido para eletrodomésticos Foto: Ernesto Rodrigues / Estadão

O presidente Lula cobrou dos seus ministros da área econômica uma “aberturazinha” para a criação de um programa de incentivos para baratear o custo dos eletrodomésticos da linha branca, como geladeira e máquina de lavar roupa. Um dia depois, desconversou: disse que era uma insinuação.

A primeira fala era claramente uma tentativa de fazer um aceno ao setor de varejo, que está irritadíssimo com a decisão do governo de isentar a cobrança do Imposto de Importação para as compras de até US$ 50 (R$ 238) em plataformas de vendas de e-commerce estrangeiras, como a Shein, Aliexpress e Shopee.

A concessão da isenção teve a digital do presidente e não era uma medida de interesse da equipe do ministro Fernando Haddad, que busca o aumento da arrecadação. Os varejistas nacionais ficaram indignados com o tratamento tributário diferenciado, que os coloca em desvantagem. Eles ameaçam com demissões e podem recorrer à Justiça.

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