A Procuradoria-Geral da República fez no início da semana um pedido ao Supremo Tribunal Federal, na investigação sobre a responsabilidade de Jair Bolsonaro nos atos golpistas de 8 de janeiro: que o ministro Alexandre de Moraes mande as redes sociais entregarem ao Ministério Público uma lista com os nomes e dados de identificação de todos os seguidores do ex-presidente.
O subprocurador-geral que assina a requisição, Carlos Frederico Santos, diz que a lista servirá para analisar o alcance da publicação, por Bolsonaro, de um vídeo com um procurador de Mato Grosso lançando suspeitas sobre a lisura das eleições de 2022. O ex-presidente postou a peça no dia 10 de janeiro e apagou duas horas depois. Sua defesa diz que ele apagou porque publicou por engano e afirma que o vídeo não prova envolvimento com os atos golpistas, porque, àquela altura, eles já tinham acontecido. Desculpa esfarrapada.
Bolsonaro se cansou de incitar ataques ao sistema eleitoral e tornou-se inelegível em razão de um deles, cometido diante de 72 embaixadores estrangeiros. O vídeo pode não ser prova do que ele fez antes, mas mostra que, mesmo depois dos graves ataques às instituições, continuava fomentando o golpismo.
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