O governo Lula se divide nas avaliações sobre o anúncio de Marcio Pochmann à presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A forma como o economista heterodoxo foi confirmado no cargo, por meio de uma declaração a jornalistas do ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, foi vista como “atabalhoada” e “imprópria” por parte do entorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para uma ala do Palácio do Planalto, Pimenta errou ao não deixar o anúncio para a ministra do Planejamento, Simone Tebet, que teria ficado “vendida” na história. Ainda por cima, ao fazê-lo no início da noite de ontem, o ministro acabou por tirar dos holofotes a notícia positiva do dia para o governo: a elevação da nota de crédito do Brasil por parte da agência de classificação de risco Fitch.
Aliados do ministro da Secretaria de Comunicação, porém, o defendem e argumentam que era preciso “estancar a sangria” em torno de Pochmann em meio à “campanha difamatória”, nas palavras de uma fonte, contra o economista. O futuro presidente do IBGE tem suas posições econômicas contestadas e sua gestão à frente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nos governos Lula e Dilma, altamente criticada.
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