O bazar está aberto em Brasília. Luiz Inácio Lula da Silva já é presidente há sete meses, e se enganou quem esperava que, depois dos quatro anos de pesadelo sob Jair Bolsonaro, Lula iria acabar com a mecânica que domina a máquina política brasileira.
Para organizar uma maioria estável e confiável no Congresso, Lula flerta com os partidos Republicanos e PP, ambos de direita e que ainda no ano passado apoiavam o extremista Jair Bolsonaro.
O PP foi criado por apoiadores e egressos da ditadura militar. O Republicanos é o braço político da seita ultraconservadora e máquina de fazer dinheiro Igreja Universal do Reino de Deus.
Eu me lembro muito bem de ver o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), ao lado de Bolsonaro no palco do Maracanãzinho, na campanha eleitoral de 2022, sendo festejado pelo clã Bolsonaro e seus fanáticos apoiadores.
Tudo isso: esquecido por ambos os lados. Lula quer uma maioria estável e sossego, e o Centrão quer poder, quer dizer, cargos, privilégios e acesso ao dinheiro dos contribuintes. Que haverá escândalos de corrupção é previsível.
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