A forte repercussão da indicação, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do economista Marcio Pochmann à chefia do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) pode acabar afetando também o futuro do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega.
Lula tinha planos de emplacar Mantega como presidente-executivo da mineradora Vale, resgatando com isso um projeto que acalentou há 23 anos. A aliados ele afirma que o ex-ministro é um quadro técnico que pode ajudar o país, e que gostaria de vê-lo à frente de uma empresa que tenha destaque na atividade econômica.
A tarefa já era difícil, pois a Vale é uma empresa privada —para fazer seu presidente, o governo teria que costurar o apoio dos demais acionistas e convencê-los a nomear Mantega. A polêmica em torno do nome de Pochmann, indicação pessoal do presidente que foi vista por críticos como não técnica, fez auxiliares do presidente passarem a defender que o ex-ministro seja indicado para o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
Essa ala que defende repensar a indicação para a Vale inclui pessoas próximas ao ministro Fernando Haddad, que temem a reação do mercado caso o presidente tente bancar o ex-titular da Fazenda.
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