Porto Alegre, quinta, 21 de novembro de 2024
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Grupo Cortel inaugura memorial que destaca a arte cemiterial da capital gaúcha dos séculos XIX e XX

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Localizado no Crematório Metropolitano de Porto Alegre, Memorial São José conta a história do maior empreendimento funerário do grupo na cidade

No dia 03 de agosto, o Grupo Cortel entrega ao público o Memorial São José, no Crematório Metropolitano de Porto Alegre. Com curadoria da professora Dra. Luiza Fabiana Neitzke de Carvalho, o espaço contará com painéis e monitores que contam a história e arte funerária de um dos mais relevantes cemitérios da capital gaúcha. Também será possível ver de perto uma escultura, de cerca de 1924, da Capela Funerária de Jacob Aloys Friederich, atribuída a André Arjonas.

conselheiro da Cortel José Elias Flores Junior com a historiadora e professora que fez a curadoria Dra. Luiza Fabiana Neitzke de Carvalho

A capital gaúcha possui um verdadeiro “bairro de cemitérios”, com diversas necrópoles vizinhas umas das outras, com características únicas, entre elas, o Cemitério São José. Localizado na área central da cidade, o empreendimento conta com um acervo único de arte cemiterial, com obras que são verdadeiras joias da arte funerária, registradas pelo trabalho da Dra. Luiza Fabiana, no livro “História e Arte Funerária dos Cemitérios São José, em Porto Alegre”.

No Memorial, é possível conhecer a história de obras da primeira fase do cemitério, indispensáveis para conhecer o trabalho da Marmoraria Casa Aloys, a mais atuante no Rio Grande do Sul. São dezenas de monumentos em mármore que marcam a produção da arte funerária gaúcha do período de 1890 a 1930. Por meio deles, é possível observar os materiais, a estética da arte funerária, da iconografia e do estilo artístico da época.

No acervo do Cemitério São José estão a Capela Histórica, de 1915; a escultura Anjo com Cítara de 1919, do escultor alemão Adolf von Hildebrand; o Jardim in Memoriam, com personagens relevantes da história de Porto Alegre; e o Cemitério dos Artistas, com nomes como o marmorista Jacob Aloys Friederich (1868-1950); e o aquarelista, projetista e arquiteto José Lutzenberger (1882-1951).

Algumas obras foram realocadas em outros crematórios e cemitérios do Grupo Cortel, com anuência das famílias proprietárias dos jazigos. Entre elas, podemos citar o Anjo Mallmann, do escultor italiano modernista Antelo Del Debbio (1901-1971) – que atualmente se encontra no Crematório e Cemitério São Vicente, em Canoas – e a escultura Cristo no Jardim de Getsêmani, do Monumento Funerário da Família Brodt, que se encontra no Crematório e Cemitério Memorial da Colina, em Cachoeirinha. São trabalhos de grande importância, por sua autoria, simbologia e materiais.

Trata-se de um mergulho profundo na história da arte cemiterial de Porto Alegre e que agora, por meio do Memorial, será apresentada ao público.