O relator da CPI do MST, Ricardo Salles (PL-SP), afirmou que o colegiado não pedirá mais a prorrogação dos seus trabalhos por 60 dias, diante da interferência do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que anulou o requerimento de convocação do ministro da Casa Civil, Rui Costa. O integrante do primeiro escalão do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prestaria depoimento ao colegiado na tarde desta quarta-feira. Salles definiu o ato como “um péssimo precedente” e fez menção à manobra do Republicanos, que retirou dois bolsonaristas da CPI do MST. O PP de Lira e o Republicanos negociam espaços no ministério de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Nem mesmo o presidente da CPI do MST, Coronel Zucco (RS), que é do Republicanos, foi avisado pela cupula da legenda sobre a manobra do partido para esvaziar o colegiado: na noite desta terça, o líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), enviou um ofício a Lira informando o desligamento do titular Messias Donato (ES) e do suplente Diego Garcia (PR), que foram destituídos da comissão. Oficialmente, o partido não deu justificativa para a decisão.
— Diante dessas manobras regimentais e a clara mobilização de partidos que estão negociando espaços no governo, não há motivos para ampliar o prazo. A migração desses partidos para o governo já deixa isto claro. É um péssimo precedente. Essas manobras prestam um desserviço para o Brasil — disse Salles.
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