Quebrar barreiras históricas. Esse é um dos grandes objetivos que muitas mulheres possuem em qualquer ambiente de trabalho. Em Canoas, a crescente presença feminina nas forças de segurança municipal é destaque, principalmente por ser ainda uma atividade predominantemente masculina.
Entre as mulheres das forças de segurança, há um pensamento comum: o sentimento de ter que provar ser capaz, seja por demandas físicas, cognitivas ou emocionais, que pertence e que pode exercer a função proposta. “É uma das profissões mais difíceis e exigentes que uma mulher pode escolher. Carregada de coragem e dedicação, essa escolha traz consigo uma série de dificuldades e obstáculos que requer força física e mental, bem como uma resiliência muito grande”, salienta a capitã Júlia Calgaro, do Pelotão do Corpo de Bombeiros de Canoas.
Paixão e vontade de servir à comunidade
Apesar das dificuldades, a paixão e a vontade de servir, ajudando diretamente a população de Canoas, é o combustível que impulsiona o dia a dia. “A grandiosidade da instituição, o profissionalismo dos bombeiros e a dedicação com que realizam suas atividades diárias foram aspectos que fortaleceram minha convicção. Assim, com entusiasmo renovado e determinação inabalável, tracei meu caminho rumo a uma carreira como oficial do Corpo de Bombeiros Militar, onde espero contribuir significativamente para a segurança e o bem-estar da sociedade”, acrescenta Júlia.
“O preconceito sempre surge por se tratar de uma área predominantemente composta por homens, isso faz com as mulheres precisem se capacitar constantemente e trabalhar muito mais para sermos vistas e mostrar que somos capazes”, afirma a supervisora da Guarda Municipal, Patrícia Soares. “Percebi aí uma ótima oportunidade de fazer a diferença, de poder ajudar as pessoas, além de contribuir muito com a sociedade canoense no desempenho de uma profissão tão honrosa”, completa.
Os desafios seguem na luta contra os preconceitos, e a disparidade tem diminuído ao longo dos anos. Existe o sentimento de orgulho e admiração cada vez que mais mulheres se inspiram nas profissionais que já atuam nas forças de segurança e provam que o gênero não é um limitador.
