Porto Alegre, quinta, 10 de outubro de 2024
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Tempestades no Rio Grande do Sul já causaram 46 mortes e prejuízos aumentam para R$ 3 bi, destaca levantamento da CNM

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Foto: EBC

 

 

As tempestades no Rio Grande do Sul já causaram prejuízos que chegam a R$ 3 bilhões, segundo atualização do levantamento feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgado nesta segunda-feira, 11 de setembro. Os fenômenos provocaram deslizamentos de terra, enchentes, alagamentos, inundações, enxurradas e quedas de árvores em 93 cidades do Estado e afetou 350 mil pessoas, com o registro de 46 mortes. A entidade lamenta profundamente a tragédia.

De acordo com a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do Rio Grande do Sul, outras 46 pessoas estão desaparecidas, 924 feridas, 4,7 mil desabrigadas e 20,4 mil desalojadas. Além dos danos humanos, o levantamento feito pela Confederação indica que 13,4 mil casas foram danificadas e ou destruídas, com prejuízos de quase R$ 349,6 milhões no setor habitacional. Desde janeiro deste ano, ocorreram 67 mortes em todo o Estado decorrentes das chuvas.

A agricultura e os comércios locais também foram bastante afetados e são os setores privados que mais contabilizaram prejuízos com, respectivamente, R$ 1,1 bilhão e R$ 602,5 milhões até o momento. Já no setor público o registro de danos chegou ao sistema de transporte, com R$ 33,7 milhões, e de limpeza urbana e remoção de escombros, com impacto de R$ 9,8 milhões.

O levantamento ainda traz recortes dos prejuízos na indústria (R$ 594 milhões), pecuária (R$ 81,6 milhões), assistência médica/saúde emergencial (R$ 6,4 milhões) e sistema de água esgoto sanitário (R$ 6,2 milhões). Até agora, dos 93 Municípios afetados, 88 decretaram estado de calamidade pública e 79 informaram que sofreram danos, prejuízos econômicos e financeiros em todo o Estado.

Ajuda não é suficiente

No dia 4 de setembro, o governo federal prometeu o repasse de R$ 741 milhões para socorrer os Municípios afetados. De acordo com o anúncio, o repasse ocorrerá pelos ministérios e órgãos federais. Até o dia 7 de setembro, 79 Municípios tiveram o decreto de situação de emergência reconhecido pela União.

Apesar da promessa, a CNM destaca que os recursos ainda são insuficientes e chama a atenção para um levantamento feito no Rio Grande do Sul entre 2013 e 2023. Com ampla repercussão na imprensa, o estudo identificou que os prejuízos decorrentes da seca e da chuva chegaram a R$ 82,8 bilhões, sendo que a União repassou apenas R$ 766, 84 milhões. O socorro não chega nem a 1% do total para cobrir os prejuízos.