Menos da metade (48,4%) dos habitantes da região Sul do Brasil são atendidos com coleta de esgoto, e somente 46,7% desse esgoto é tratado. A situação é ainda mais alarmante no Rio Grande do Sul, que lança diariamente um volume equivalente a 443 piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento na natureza. Os dados são do Instituto Trata Brasil, organização composta por empresas comprometidas com o avanço do saneamento básico e a proteção dos recursos hídricos do país. Na próxima quinta-feira, 28, a presidente executiva do Instituto, Luana Pretto, será a palestrante do Almoço Metropolitano da Granpal (Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre), que acontece no Instituto Caldeira.
Os dados do saneamento no Brasil e no Rio Grande do Sul estão muito aquém das metas estabelecidas pelo “Novo Marco Legal do Saneamento Básico”, que exige que 90% da população tenha acesso à coleta e tratamento de esgoto até 2033. “No Rio Grande do Sul, apenas 25,3% do esgoto produzido é tratado, enquanto a média nacional é de 51,2%”, comenta Luana.
Para o presidente da Granpal, Leonardo Pascoal, em uma sociedade em constante transformação, onde questões ambientais e sociais ganham destaque, o debate sobre saneamento básico se torna uma grande necessidade. “Neste contexto, discutir o saneamento básico não é apenas uma opção, mas uma responsabilidade compartilhada em busca de um futuro sustentável para todos”, diz o dirigente.
No mesmo dia do almoço, a entidade promove sua Assembleia Geral Ordinária (AGO) do mês de setembro debatendo a busca de soluções para o saneamento básico na situação atual do estado, que também ocorre no Instituto Caldeira