Porto Alegre, segunda, 14 de outubro de 2024
img

Porto Alegre: Critério ministra oficina sobre atuação de ghostwriter na Feira do Livro 

Detalhes Notícia
Painel integrou a programação do evento literário, que segue até o dia 15 de novembro. Foto: Maicon Hinrichsen

 

 

 

 

A profissão de ghostwriter não é nova. Mas ainda há dúvidas e, sobretudo, muitas curiosidades que cercam a atividade e o mercado de trabalho para a área. Para compreender todas as possibilidades que a atuação do escritor fantasma oferece, a Feira do Livro de Porto Alegre foi palco, nesta sexta-feira (3), de um bate-papo com três profissionais especialistas no assunto.

Os sócios-diretores da Critério Resultado em Opinião Pública, Rafael Codonho e Tomás Adam, e o consultor associado Mateus Colombo Mendes, conversaram sobre o ofício com o público e ofereceram um panorama da profissão, que ainda tem muito potencial a ser descoberto. O bate-papo ocorreu no auditório Barbosa Lessa, do Espaço Força e Luz.

“É um orgulho estarmos em um painel nesse evento, que é um dos patrimônios culturais de Porto Alegre, do Rio Grande do Sul e até mesmo do Brasil”, disse Codonho.

Para Adam, dois dos principais desafios desse profissional são a falta da cultura da escrita no Brasil e a tarefa de convencimento que deve ser feita. “Não há, nas pessoas, empresas e organizações, o costume de colocar no papel a sua trajetória. O ghostwriter é alguém que precisa convencer que é fundamental ter essa história registrada”. O sócio-diretor ainda definiu que a empatia “é o grande atributo que um ghostwriter pode ter”.

Mesmo com grandes desafios, o profissional pode ter, segundo Colombo, uma atuação em diversos campos, a exemplo do acadêmico, com a revisão, edição e até mesmo orientação textual para trabalhos de conclusão de curso (TCCs). Com uma trajetória reconhecida no mercado, o consultor associado falou à plateia sobre alguns trabalhos que já fez e as particularidades que envolvem a produção de texto. “Cada tipo de cliente tem uma forma de contar sua história e, assim, representa diferentes desafios para o escritor.”

Codonho ainda destacou a intensa participação do público. “Foram várias perguntas, trocas de ideia, várias pessoas conversando, que nos chamaram até depois da palestra. Significa que cumprimos o propósito de abrir um debate. Essa também é uma das missões da Critério”, concluiu.