Porto Alegre, quarta, 08 de maio de 2024
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Porto Alegre: Juremir Machado da Silva e outros autores autografam 'Cem anos da Revolução de 1923 -História, mídia e cultura' e 'Pandemia e (Des)Informação: Mídia, Imaginário e Memória' dia 11 de novembro na Feira do livro

Detalhes Notícia

 

 

O grande Juremir Machado da Silva, escritor, tradutor, jornalista, radialista e professor universitário autografa dia 11 de novembro, na Feira do Livro de Porto Alegre, duas obras organizadas e escritas em conjunto com outros autores. Na primeira editada pela Sulina, ‘Cem anos da Revolução de 1923 -História, mídia e cultura’, junto com Álvaro Nunes Larangeira, Juremir mergulha na última guerra civil em solo gaúcho, a Revolução de 1923 faz 100 anos. O centenário do conflito entre chimangos e maragatos suscita leituras e olhares ampliados, cerne deste livro. Imersos no apaixonante labor historiográfico, pesquisadores do Grupo de Tecnologias do Imaginário (GTI), do PPGCOM/PUCRS, vasculharam em fontes hemerográficas e literárias novas perspectivas, representações e imaginários sobre o evento matricial do Brasil dos anos seguintes. Destrincharam as revistas estadunidenses Currenty History e Time, os periódicos Correio da Manhã – jornal carioca referência da grande imprensa emergente no início do século 20, lançado por um gaúcho–, Estado de S. Paulo e Correio Paulistano – do nascente centro econômico-industrial do país – e a Gazeta de Alegrete – da cidade-chave do conflito – e o livro O Arquipélago, da trilogia O Tempo e o Vento, do escritor Erico Verissimo.

Haveria na contenda sul-rio-grandense o “cristal do acontecimento total”, o elemento singular representativo do fenômeno do qual fala Walter Benjamin? Qual ângulo o jornal comandado por alguém conhecedor das forças em confronto no extremo sul do Brasil apresentaria para os leitores da na época capital federal? Amparada em quais fontes se daria a cobertura das publicações norte-americanas e expressaria ela o imaginário reservado à América Latina desde a Doutrina Monroe, instituída um século antes? Exprimiam as linhas editoriais dos jornais do centro do país o mesmo fervor dos contendores? Teria a eleição em Alegrete à presidência do Estado antevisto a guerra por vir? Para qual lado penderia a narrativa dos personagens do romance de Verissimo: o da literatura, pelo bem do gênero ficcional, ou o da História, com a fidelidade aos acontecimentos históricos? Pesquisar é responder, ou então se perguntar ainda mais.

O segundo livro, ‘Pandemia e (Des)Informação: Mídia, Imaginário e Memória’ é prefaciado por texto cedido por Edgar Morin aos organizadores, no qual o centenário pensador francês faz a premente defesa da dialogia e convergência entre as medicinas acadêmica e popular. Na sequência, os conferencistas do V Seminário da REDE JIM: Pandemia e Desinformação, realizado de maneira remota em 2021, abordam o tema Pandemia e Desinformação em perspectivas singulares: Juremir Machado da Silva, coordenador da Rede, destrinça o Brasil no período pandêmico; Philippe Joron, diretor do Centro de Pesquisa LEIRIS, da Universidade Paul Valéry – Montpellier III, apresenta os conceitos Des-existência e Superexistência relacionados à maneira como na França, e no mundo, se deram as alterações na relação com o espaço, distância e tempo; e Moisés de Lemos Martins, catedrático e fundador do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (ECS), da Universidade do Minho, centra no funcionamento do jornalismo em Portugal em meio a posicionamentos dogmáticos nas searas científica, médica e política. As três partes seguintes da obra comportam os 13 trabalhos apresentados e aperfeiçoados no seminário e subdivididos nos eixos Mídia, Imaginário e Memória.

Juremir junto com Álvaro Nunes Larangeira, Moisés de Lemos Martins, Heloisa Juncklaus Preis Moraes, Philippe Joron e Mario Abel Bressan Júnior, forma um time de pesquisadores de lugares distintos, como Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade do Minho (UMINHO) e Universidade Paul Valéry – Montpellier III.

Componentes de diferentes grupos de pesquisas misturaram-se a partir de temas recíprocos e enfoques convergentes, para desenvolver investigações cujo fim último é reforçar a riqueza, potencialidades e consistência do cerzimento em conjunto, de matizes e origens diversas: o trabalho em rede. A linha dorsal comum dos pesquisadores foi a tempestuosa relação entre a pandemia e informação. Toda a dinâmica midiática, suas ramificações e por conseguinte os estudiosos da área foram afetados por tudo ocasionado pelo coronavírus. Foram necessários realinhamentos, reformulações, posicionamentos, embates, desvios, interrupções, supressões, ativismos, inventividades. Novas leituras e olhares.

SESSÃO DE AUTÓGRAFOS 

Juremir Machado da Silva e outros autores

DATA E HORA: 11-11-2023 @ 19:00