Responsável por alguns dos maiores projetos agrupados de carbono no Brasil, a ECCON Soluções Ambientais está com edital aberto para chamar proprietários de terra a participar de projetos de carbono baseados em conservação e desmatamento evitado (os chamados projetos REDD+, de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação). As candidaturas começam em 9 de novembro e seguem até o final de dezembro. A análise começa em janeiro de 2024.
Yuri Rugai Marinho, CEO da ECCON
Yuri Rugai Marinho, CEO da ECCON, destaca o caráter mais democrático e inclusivo dos projetos agrupados, à medida que permitem a participação de proprietários de terras em diferentes lugares do Brasil e de diferentes áreas (de 5 mil a 30 mil hectares). Em projetos geridos por outras instituições, as áreas estão mais concentradas na Amazônia e têm extensão superior a 50 mil hectares, o que exclui a maior parte dos proprietários conservacionistas do país.
“Quanto mais proprietários entrarem nos projetos, maior é a conservação das florestas. O resultado socioambiental é riquíssimo e todo esforço é necessário para reduzir o desmatamento no Brasil e as mudanças climáticas”, afirma Marinho.
A ECCON já desenvolve projetos agrupados de carbono, estando presente nos biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal. A previsão é que o processo de adesão, por meio do edital, dobre a extensão administrada pela empresa em 2024.
Marcelo Stabile, gerente de Carbono da ECCON, afirma ainda que o produtor não precisa preservar todo o terreno – é possível plantar soja em uma parte e conservar outras partes adicionais à Reserva Legal e à Área de Preservação Permanente.
“Às vezes, a única opção do produtor é a commodity, que tem um risco inerente. Assim, ele pode ter a receita além das commodities, com a área de conservação que gera créditos de carbono”, explica.
Uma das empresas pioneiras em negociação de crédito de carbono no Brasil, a ECCON Soluções Ambientais promove na quinta-feira, dia 9 de novembro, às 10h, o evento on-line “Fomentando projetos de carbono e pagamento por serviços ambientais no Brasil”.
Os projetos agrupados de carbono serão um dos temas do encontro, que terá a participação de Yuri Rugai Marinho (ECCON), Leonel Mello (Volkswagen Climate Partner), Kamilla Lopes (Reservas Votorantim) e Paula Amaral Mello (Pinheiro Neto Advogados).
“Esse evento é uma oportunidade de dar transparência ao mercado de carbono no país, para que produtores e investidores conheçam projetos e metodologias desenvolvidas para identificar e valorizar o potencial de carbono em estoque e sequestro das florestas, gerando uma alternativa confiável e viável de manutenção da sócio-biodiversidade”, diz Marinho, que em setembro deste ano apresentou, durante a Climate Week em Nova York, a medotologia PSA Carbonflor, junto à Reservas Votorantim.
