A Esporotricose, doença que afeta felinos e humanos, é causada por um fungo que está naturalmente presente no solo e na casca de árvores. Nos meses mais quentes, o número de casos tende a crescer. A melhor forma de prevenção é a castração, o que evita que os gatos entrem em disputas com outros animais. Também é fundamental mantê-los dentro de casa para reduzir as chances de contaminação. A zoonoze pode levar à morte.
Alguns dos principais sintomas são o aparecimento de feridas de difícil cicatrização, secreções na pele, apatia, dificuldades para respirar e a perda localizada de pelos. É necessário levar o animal a um veterinário para confirmar o diagnóstico. Deve-se isolar o felino de outros, fazer o tratamento diário correto e cuidar da própria proteção sempre, com o uso de luvas e mangas compridas. A terapia com antifúngicos orais dura, em média, de um a seis meses.
Os humanos também podem se contaminar ao manejar matéria orgânica, como cascas de árvores ou outra planta contaminada, e através dos próprios gatos doentes. Os principais sintomas nas pessoas são lesões que não cicatrizam, principalmente nas mãos, ou em lugares feridos pelo pet. A doença pode atingir os pulmões, podendo levar a óbito.
“O tratamento, basicamente, é o mesmo tempo dos felinos, com antifúngicos, dependendo do organismo de cada pessoa”, afirma a veterinária da Secretaria Municipal de Bem-Estar Animal (SMBA), Kátia Lima.
“É importante salientar que essa é uma doença negligenciada, uma zoonose, e que realmente pode causar um problema de saúde pública muito grave. Também, convém lembrar que os gatos não são vilões e sim, vítimas. Os fungos não estão nos felinos e sim no meio ambiente.”, ressalta o Secretário de Bem-Estar Animal, Paulo Facio.
A SMBEA está alinhada com a Secretaria Municipal de Saúde, realizando reuniões e promovendo ações de conscientização com médicos e veterinários para a correta notificação dos casos. Pessoas inscritas no CadÚnico e com renda familiar de até três salários mínimos, residentes em Canoas, podem procurar atendimento veterinário gratuito na SMBEA.
Caso o gato venha a óbito com a doença confirmada, o animal não deve ser enterrado, para que não haja o risco de contaminar o solo. Nesse caso, o corpo deve ser entregue à Secretaria de Bem-Estar Animal, que fará a destinação correta.
A secretaria de Bem estar Animal, fica na Av. Boqueirão, 1986, no bairro Igara e atende nas segundas-feiras das 12h as 18h, terças-feiras, quartas-feiras e quintas-feiras, das 8h as 18h e nas sextas-feiras das 8h ao meio dia. Maiores informações pelos fones:(51) 3429-2924 ou (51) 3427-1169