Porto Alegre, quinta, 28 de novembro de 2024
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RS: Pesquisa da Abrasel indica que 64% dos bares e restaurantes gaúchos que vão abrir no Carnaval esperam faturar mais que em 2023

Detalhes Notícia
O levantamento indica, ainda, que o número de empresas operando foi de 16% em dezembro - menor índice desde julho de 2022
A expectativa dos bares e restaurantes para o Carnaval é positiva, e os dias de folia devem contribuir para o lucro no setor: segundo pesquisa nacional da Abrasel realizada com 1.878 empreendedores, 81% devem abrir durante os dias da festa e dentre esses, 75% esperam faturar mais que em 2023. No Rio Grande do Sul, quatro em cada cinco bares abrirão as portas durante o período, representando 79% dos estabelecimentos no estado. Destes, 64% esperam faturar mais do que em 2023, apenas 28% devem faturar o mesmo e apenas 8% avaliam faturar menos do que no Carnaval passado.
A pesquisa ainda trouxe informações sobre o grau de importância que o Carnaval terá para os estabelecimentos no estado: 46% dos estabelecimentos que vão abrir no Carnaval dizem que a data é extremamente importante/muito importante no faturamento. Para 15% é mais ou menos importante, para 22% é pouco importante e 17% dizem que o impacto da data não é importante.
No Rio Grande do Sul, o carnaval é marcado pela migração para o litoral, onde o movimento deve ter aumento significativo. Na capital costuma ter período de recessos por conta do movimento mais baixo. No entanto, as altas temperaturas podem colaborar para trazer mais público aos estabelecimentos na data. Para o presidente da Abrasel no Rio Grande do Sul, João Melo, o litoral deve se manter como o foco do público:
“O verão é um atrativo para as pessoas saírem no Carnaval, quem não consegue ir para a praia, tenta aproveitar na cidade. Muita gente que mora no interior vem para Porto Alegre para turismo e na serra gaúcha que tem diversos atrativos, o que deve trazer um movimento para o setor. O forte mesmo será no litoral onde o carnaval costuma atrair mais público”, contextualiza.
Manoela Mattos, proprietária do Gueixa, tem dois restaurantes na praia e outro na serra. Nos estabelecimentos que ficam em Capão da Canoa e Tramandaí, a expectativa é alta para o Carnaval, sendo considerado o auge do verão. Com aumento na demanda, ela contratou funcionários e se organizou para receber o público que vem para a data.
“Assim como réveillon e outros feriados, o movimento cresce bastante no Carnaval. Como é um dos últimos finais de semana fortes da temporada, até porque depois já voltam as aulas, é o momento que temos para trabalhar mais”, explica Manoela Mattos.
Índices de faturamento melhoram
A pesquisa ainda traz informações sobre o faturamento do setor em dezembro de 2023. Dentre os estabelecimentos no Rio Grande do Sul, 16% tiveram prejuízo em dezembro, 10% a menos que em novembro. Esse é o menor índice de empresas no prejuízo desde julho de 2022. A parcela que obteve lucro atingiu metade do setor, representando um aumento de 6% em relação a pesquisa anterior e 33% ficaram em equilíbrio.
Quanto ao endividamento das empresas no estado, 37% dos estabelecimentos têm dívidas em atraso. Dessas, 70% devem impostos federais, 39% empréstimos bancários, 37% impostos estaduais, 26% devem a fornecedores de insumos, 21% encargos trabalhistas e previdenciários, 19% serviços públicos (água, gás, energia elétrica), 19% estão com o aluguel atrasado e 16% devem taxas municipais.
Dados da pesquisa:
– Quatro em cada cinco bares e restaurantes (79%) vão abrir durante o Carnaval. Desses, 64% esperam ter aumento de faturamento, 28% devem faturar o mesmo e apenas 8% avaliam faturar menos do que o Carnaval passado. A média esperada de aumento em relação a 2023 é de 15%. Em relação a um fim de semana normal, o aumento esperado é de 22% em média.
– 46% dos estabelecimentos que vão abrir no Carnaval dizem que a data é extremamente importante/muito importante no faturamento. Para 15% é mais ou menos importante, para 22% é pouco importante e 17% dizem que impacto não é importante.
– 16% dos negócios trabalharam com prejuízo no mês de dezembro, índice que estava em 26% em novembro. Outros 50% tiveram lucro, aumento de 6 pontos em relação a última pesquisa, e 33% ficaram em equilíbrio.
– 37% das empresas têm dívidas em atraso. Dessas, 70% devem impostos federais, 39% empréstimos bancários, 37% impostos estaduais, 26% devem a fornecedores de insumos, 21% encargos trabalhistas e previdenciários, 19% serviços públicos (água, gás, energia elétrica), 19% estão com o aluguel atrasado e 16% devem taxas municipais.