Os agentes da Defesa Civil estão cadastrando os moradores afetados pelas cheias de novembro do ano passado e que tenham interesse em solicitar o Saque Calamidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). As visitas iniciaram na manhã desta terça-feira (20), na região da Praia do Paquetá e Rua da Prainha, e seguem até a próxima segunda (26). No período da tarde, a Defesa esteve realizando inscrições na Rua da Barca, no bairro Harmonia. A estimativa é que em torno de 500 famílias estejam aptas a aderir ao programa.
Conforme o secretário adjunto do Escritório de Resiliência Climática (Eclima) e Defesa Civil, Igor Sousa, o Governo Federal reconheceu a situação de emergência devido às cheias e as informações apuradas serão repassadas para a Caixa Econômica Federal. “Estamos trabalhando com essa metodologia para tornar o prazo de liberação pelo banco o mais rápido possível. Como as famílias já estão esperando a bastante tempo, a Defesa Civil está batendo de porta em porta para fazer o cadastro e agilizar a retirada por parte dos moradores afetados”, afirma.
Os residentes nas áreas afetadas, que perderem a visita dos agentes, devem entrar em contato com a Defesa Civil na sede do órgão, na rua Bandeirantes, 450, bairro Nossa Senhora das Graças. De qualquer forma, um material informativo está sendo deixado na caixa de correspondência das casas visitadas com instruções de como proceder.
O morador da Praia do Paquetá, Cláudio da Silva Rosa, está confiante em sacar o dinheiro para a reconstrução, após prejuízos observados com a força da água. “A cheia veio nesses degraus aqui de cima. E daí vieram buscar a gente para ir ao abrigo. Esse apoio financeiro nesse momento será importante. Atualmente, eu estou desempregado e esse dinheiro vai ajudar a reconstruir o que estragou”, disse na porta de uma construção em estilo palafita.
Regiões afetadas
Os pontos mais afetados pelas cheias do ano passado no município são: ruas da Prainha, Elizabeth Finkler, Dona Maria Isabel e Antônio Florindo Nichele, no bairro Mato Grande; Rua da Barca, no Harmonia, ruas Montenegro, Mauá, Conde D’ Eu, Hermes da Fonseca e Felipe Camarão, no bairro Rio Branco; Dique do Canil e ruas Bartolomeu de Gusmão e Diretor Augusto Pestana, no Fátima; ruas General Sebastião Barreto e Gravataí, no Niterói; Rua D, no bairro Olaria; rua São Luiz, no Centro; e as ruas Berto Círio, Irmãos Risso, Onofre Pires e Vila Tabaí, às margens da BR 386.
O que é o Saque Calamidade
Segundo a Caixa Econômica Federal, o Saque Calamidade é possível em situações urgentes e graves a partir de um desastre natural na cidade. A retirada do dinheiro pertencente ao trabalhador apenas é possível caso o município esteja sob decreto de situação de emergência ou estado de calamidade pública, de fato reconhecido pelo governo federal.
A Prefeitura aguarda ainda a homologação do governo federal do decreto de situação de emergência do temporal de 16 de janeiro. Somente após isso ocorrer, a Defesa Civil poderá dar andamento ao processo para liberação do FGTS para a população.