Mais novo longa-metragem do premiado cineasta Hsu Chien Hsin, A Banda começará a ser rodado no dia quatro de abril em Porto Alegre. A previsão é que as filmagens se estendam até primeiro de maio. Orçada em R$ 3,7 milhões, a produção tem no elenco Luísa Perissé, Lucas Penteado, Lucas Salles, Mônica Carvalho e Werner Schünneman.
Luísa Perissé Foto: Veronica Peixoto
A trama gira em torno de três amigos de infância e se passa na década de 1990. Silvestre (Lucas Penteado), um aspirante a cantor de funk, e Verbena (Luísa Perissé), que quer se tornar cantora de pagode, são surpreendidos por Alcione (Lucas Salles) que lhes oferece a oportunidade que tanto aguardavam: participar de um festival de novos talentos. No entanto, o sonho se torna um pesadelo quando descobrem que foram inscritos em um festival de country music em uma cidade que tenta parecer americana. Eles se veem impossibilitados de desistir devido às artimanhas de seu atrapalhado empresário e ameaças de um prefeito (Werner Schünneman) muito suspeito.
— A Banda é uma comédia voltada para todos os públicos, que certamente irão se identificar com os personagens e as situações, que são clássicas e atemporais, todos em busca de um lugar ao sol e os obstáculos que surgem até chegarem lá — afirma Hsu Chien Hsin.
A direção de fotografia será de Alexandre Berra. O elenco terá mais de quarenta atores e, em algumas locações, haverá a participação de quatrocentos figurantes, como nas cenas do festival. Não será a primeira vez que Hsu Chien Hsin irá filmar no sul do país.
— Eu amo filmar nesse estado maravilhoso, que é o Rio Grande do Sul. As locações são deslumbrantes, a luminosidade, as pessoas incríveis que estão sempre querendo ajudar. É meu quarto longa aqui, já rodei Quem vai ficar com Mario?, em 2018, e em 2022, Um dia 5 estrelas e Morando com o Crush — explica o cineasta.
O filme tem o selo da Panda Filmes em parceria com as produtoras Shorebird Productions, Churinga Produções, Monarca Filmes e Stone Horus Media. A produção é assinada por Tatiana Sager e Beto Rodrigues e conta ainda com as roteiristas e coprodutoras Marcela Mariz e Renata Di Carmo e os coprodutores Anselmo Martini, Ane Siderman, Carolina Brasil e Daniel Figueiredo.
ARGUMENTO:
Lucas Salles Foto: Rogerio Pallatta
Já nos anos 80, ainda crianças, eles sonhavam com o sucesso na música: Silvestre (Lucas Penteado) e Verbena (Luísa Perissé) como cantores e Alcione (Lucas Salles) como empresário de ambos. Os anos se passaram e a realidade foi diferente do que imaginavam. Verbena trabalha como assistente de engenharia e uma empresa de construção civil. Silvestre é auxiliar de informática em uma delegacia. E Alcione é um malandro que vive “se virando” como pode. Estamos em 1996, uma época em que o funk e o pagode conquistam espaço nas rádios e televisões do país. Nas horas vagas, Silvestre canta funk e Verbena, pagode. No entanto, eles nunca tiveram uma oportunidade real para viver da música até que as coisas começam a mudar.
Silvestre e Verbena são demitidos de seus empregos no mesmo dia, enquanto o amigo Alcione se envolve mais uma vez em um de seus “rolos”. Ele consegue persuadir um empresário do ramo de eventos artísticos a contratá-los para um festival em uma cidade do interior chamado Americanópolis. O que os dois não sabem é que a cidade tenta imitar os americanos e que se trata de um festival de country music no sul do país e que contarão com uma banda inusitada de estilos bem diferentes futuramente chamadas de “liquidificador sem filtro”. Para piorar a situação, Alcione exagerou consideravelmente sobre as credenciais de seus agenciados. Assim, eles são contratados com a promessa de vencer o festival e essa promessa será cobrada. O que eles não sabem também é que estão prestes a se envolver com pessoas muito perigosas, como o prefeito Fernando Coelho (Werner Schünneman), que está envolvido em uma série de crimes e disposto a fazer de tudo para garantir seus lucros, além de buscar a reeleição.
O ELENCO:
Lucas Penteado Foto: Divulgação
Luísa Perissé, Lucas Penteado, Lucas Salles, Werner Schünneman, Mônica Carvalho, Pedro Ogata, Rodrigo Candelot, Miriane Carine, Rodrigo Galhano, Guilherme Castiel, Dani Reis, Renata Adegas, Fernanda Galvão, Giovane Correa, Germano Luneli, Jennifer Setti, Hanna Svartsnaider, Cássio do Nascimento, Juliano Passini, Bruno Fernandes, Victor Maia, Bruno Pontes, Alessandra Verney, Marcio Rosario, Flavio de Oliveira, Gabriela Camargo, Timóteo Heiderick, Flavia Zaguini, Marcus Vinicius Moraes, Luís Franke, Bruno Krieger, Marcos Contreras, Denizelli Cardoso, Gilmar Almeida, Susana Scherer, Valéria Silva, Erick Rodrigues, Renata Di Carmo, Mari Puntel, Bella Lábegàlini, Tabaré Garcia, Joilson Borges, Marcela Mariz, Mariana Catalane, Henrique Guimarães, Guilherme Scalon e Carlos Diaz.
O DIRETOR:
Nascido em Taiwan, em 1967, vive no Brasil, no Rio de Janeiro, desde 1970. Formou em cinema pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Começou como assistente de cineastas de sucesso, entre eles Daniel Filho, Tizuka Yamazaki, Murilo Sales, Rosana Svarztman e Roberto Santucci.
Hsu Chien Hsin dirigiu mais de 10 curtas-metragens, recebendo mais de 20 prêmios em festivais brasileiros e internacionais. Entre os prêmios, destaque para melhor curta de ficção em 2015 por Flerte, no Grande Prêmio da Academia de Cinema Brasileiro e melhor curta no LABRGF 2015. Meu Preço, de 2018, realizado com Fabrício Santiago e Felipe Cabral, recebeu 8 prêmios internacionais. Em 2014, foi convidado para dirigir uma série no Multishow, Por isso eu sou vingativa. No mesmo ano, foi convidado por Miguel Falabella e a diretora Nicinha de Paula para dirigir na Rede Globo dois seriados: Sexo e as Negas e Pé na Cova. Em 2017, dirigiu seu primeiro longa-metragem: Ninguém entra ninguém sai, baseado em um conto de Luis Fernando Verissimo e distribuído pela Imagens Filmes. Atualmente, tem 8 longas no currículo.
Hsu Chien Hsin também é professor e faz parte do corpo docente da ABC Cursos de Cinema nas disciplinas de Assistente de Direção e Direção. Em 2018 e 2023, fez parte da comissão do Oscar para escolha do filme brasileiro que representaria o Oscar no evento.
PANDA FILMES
Fundada em 2002 em Porto Alegre, a Panda Filmes tem deixado a sua marca no cenário audiovisual brasileiro e latino-americano. Com um repertório de inúmeros projetos em cinema, televisão e publicidade, tem no seu DNA parcerias e coproduções nacionais e internacionais. Tem em seu repertório a produção de 21 longas-metragens produzidos ou coproduzidos, inclusive com 14 coproduções internacionais e seis séries de TV.
